Comprar ou vender?

Mais dividendos? Copel (CPLE6) destrava potencial após venda da Compagas, vê BBA e BTG; hora de comprar?

11 jul 2024, 11:15 - atualizado em 11 jul 2024, 11:15
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Itaú BBA e BTG Pactual avaliam positivamente venda participação de 51% na Companhia Paranaense de Gás pela Copel (Imagem: Copel/Divulgação)

A Copel (CPLE6) destravou potencial para dividendos mais elevados, avaliam analistas do Itaú BBA e BTG Pactual, após a companhia vender participação de 51% na Companhia Paranaense de Gás (Compagas) por R$ 906 milhões, para a Compass Dois – subsidiária da Compass, empresa do grupo Cosan.

Segundo a empresa, 40% do valor ser pago até o fechamento da operação; 30% até 31 de dezembro de 2025; e 30% até 31 de dezembro de 2026. A data-base da transação é 31 de dezembro de 2023. Nesta data, a dívida líquida total da Compagas era de R$ 182,8 milhões.

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Os analistas destacam que o movimento já era esperado e está em linha com o plano da companhia de focar no negócio principal e desinvestir em ativos não essenciais pós-privatização.

“Vemos a transação como positiva para a Copel porque ressalta a capacidade da empresa de entregar seu plano de desinvestimento em condições atraentes, liberando mais valor para seu acionista e potencialmente rendendo dividendos mais elevados”, diz o BBA.

A casa reitera a classificação outperform (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”) para CPLE6, com preço-alvo para o final de 2024 de R$ 13,30.

Os analistas veem as ações negociadas com uma avaliação muito atraente (Taxa Interna de Retorno de 12,1%), com riscos de execução relativamente baixos e potenciais gatilhos de curto prazo.

Copel poderá pagar dividendo bilionário

Os analistas o BTG Pactual acreditam que a venda da Compagas pode ser concluída ainda este ano, aumentando o lucro líquido de 2024.

“Assumindo um pagamento de 50% do ganho de capital (líquido de impostos), esperamos que a transação aumente os dividendos de R$ 880 milhões para R$ 1,108 bilhão, o que significa um aumento no dividend yield (rendimento de dividendo) de 2024 de 3% para 3,7%”.

Ainda, pontuam que, se a Copel optar por distribuir 100% do ganho de capital, o dividend yield de 2024 poderia chegar a 4,5%.

“Adicionalmente, se o fechamento ocorrer este ano, a Copel poderia utilizar os créditos fiscais gerados com o acordo judicial alcançado em janeiro com o FIP IEER (pagamento de R$ 672 milhões) para compensar os impostos sobre o ganho de capital, levando a um potencial dividend yield de 5,3% em 2024 no caso de um pagamento de 100% do ganho de capital”.

O banco tem recomendação de compra para a Copel, com preço-alvo de R$ 12, e vê o nome negociado a uma Taxa Interna de Retorno real ainda atraente de 11%, ao mesmo tempo, em que representa um bom carrego devido ao seu perfil de baixo risco.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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