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Mais de US$ 2 bilhões em criptomoedas foram lavados por meio da Binance, aponta relatório

07 jun 2022, 12:28 - atualizado em 07 jun 2022, 12:28
Binance
A Binance foi usada pelo grupo de hackers norte-coreanos Lazarus para lavar milhões de dólares. (Imagem: Unsplash/Executium)

A corretora de criptomoedas Binance, a maior do mundo, foi usada para processar bilhões de dólares em transações ilícitas de 2017 a 2021, segundo um relatório da Reuters.

O documento divulgado pela agência de notícias aponta que US$ 2,35 bilhões advindos de vendas de drogas, hacks e fraudes de investimentos foram lavados na corretora cripto sem ela saber.

A Reuters analisou registros em tribunais, conversou com autoridades e trabalhou com as empresas de análise de blockchain Chainalysis e Crystal Blockchain para rastrear os fundos ilícitos na corretora.

Um porta-voz da Binance disse que os processamentos foram calculados com base em dados antigos, de acordo com o Business Insider.

O porta-voz disse que “a Binance tem uma das políticas antilavagem de dinheiro mais rígidas da indústria de fintechs e desempenha um papel significativo em ajudar autoridades a lidar com crimes cibernéticos e financeiros”.

Apesar disso, a Reuters disse que as medidas de segurança e antilavagem de dinheiro não eram seguras, visto que executivos da corretora cripto disseram ter preocupações quanto ao assunto, até que novas medidas foram implementadas no ano passado.

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Binance foi usada por hackers norte-coreanos

O relatório apontou também que a Binance foi usada pelo grupo norte-coreano de hackers Lazarus, para lavar US$ 5,4 milhões em criptomoedas roubadas da corretora eslovaca Eterbase.

Segundo o Business Insider, o grupo de hackers criou contas anônimas na Binance minutos após o hack para lavar as criptomoedas roubadas.

Binance não tinha ideia de quem estava movimentando o dinheiro por meio da corretora deles”, disse o cofundador da Eterbase, Robert Auxt.

Após o hack, Eterbase buscou a corretora cripto para tentar recuperar os fundos roubados. Em setembro de 2020, a Reuters informou que o CEO da Binance, Changpeng Zhao, havia dito que faria o que pudesse para ajudar a Eterbase.

No entanto, e-mails compartilhados com a Reuters apontaram que a Binance se negou a compartilhar informações ou dados de contas sem um pedido legal.

Por fim, Eterbase fechou sua corretora e entrou com pedido de falência.

A agência de notícias afirmou ter examinado criptomoedas específicas que passaram por carteiras antes de chegarem à Binance, além de dados da Crystal Blockchain datados de 2017.

A corretora cripto de Changpeng Zhao atende cerca de 120 milhões de usuários pelo mundo, somando centenas de bilhões de dólares em criptomoedas em transações por mês.

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