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Mais de mil integrantes do MST invadem área da Embrapa em Pernambuco; Lula é criticado

31 jul 2023, 16:03 - atualizado em 31 jul 2023, 16:03
MST invasão de terra em Pernambuco
MST exige emergência na implementação da Reforma Agrária no Brasil e dizem que governo está atendendo apenas pautas do agronegócio (Foto: Divulgação/MST)

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram nesta segunda-feira (31) uma área da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Petrolina (PE) onde será realizada entre amanhã (1) até sexta-feira (4) o Semiárido Show, um dos maiores eventos para a agricultura familiar da América Latina.

De acordo com o MST, ocupação dos 1150 integrantes tem como objetivo chamar a atenção das autoridades sobre a emergência da implementação da Reforma Agrária, já que segundo o movimento, não houve avanço nas pautas e os acordos ficaram estagnados.

“Nós elegemos o governo Lula e precisamos que o ministério cumpra seu papel em atender as demandas da reforma agrária e possam cumprir as políticas voltadas para os movimentos sociais e não somente servir os interesses do agronegócio”, diz Jaime Amorim, diretor do MST em Pernambuco.

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Posicionamento da Embrapa

Por meio de nota, a Embrapa repudiou a ocupação e informou ter adotado todas as medidas necessária para a desocupação da área, visando a realização do Semiárido Show nas dependências da Embrapa Semiárido, conforme planejado, com apoio interno e de várias estruturas do governo, incluindo ministérios, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e outras instâncias competentes.

Assim, segundo a Embrapa, todos os ocupantes já se retiraram do local e os trabalhos para a finalização da estrutura para a abertura oficial do evento seguem normalmente.

“Aproveitamos para reiterar o compromisso da Embrapa com a pluralidade de sua atuação junto aos seus distintos públicos da agricultura brasileira, disponibilizando conhecimento e soluções para as agendas de mercado, social e ambiental. Igualmente, seguimos com nossa disposição para o diálogo, de forma a qualificar demandas e oportunidades, respeitando se os princípios basilares do direito”, disse