Finanças Pessoais

Mais de 70% dos brasileiros passaram a poupar mais por conta da pandemia

20 fev 2021, 12:00 - atualizado em 18 fev 2021, 15:17
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E quais os principais motivos para o brasileiro segurar o dinheiro? O maior deles é o medo do futuro  (Imagem: Pixabay/ Julien Tromeur)

Incertezas sobre o futuro e medo dos desdobramentos da pandemia da Covid-19. Essas são as principais causas que levam mais brasileiros a poupar, detectada em pesquisa realizada no mês de fevereiro pela Toluna, empresa que fornece insights de mercado.

Entre os entrevistados, 70% confirmaram que passaram economizar mais por conta do vírus da Covid-19.

E quais os principais motivos para segurar o dinheiro? O maior deles é o medo do futuro (65%), seguido pela preocupação com possíveis despesas médicas (32%).

Já 26% das pessoas entrevistadas revelaram que passaram a economizar durante a quarentena, pois não tiveram como gastar com despesas de lazer, como restaurantes e viagens.

Ademais, muitos dos entrevistados (39%) concordam que a pandemia atrapalhou completamente qualquer tipo de planejamento financeiro, enquanto apenas 3% afirmaram que o vírus Covid-19 em nada interferiu seus planos econômicos.

Para os entrevistados, janeiro é o mês que mais gera sensação de ser pressionado por gastos: 33% disseram que o primeiro mês do ano causa enorme sufoco no orçamento, enquanto 30% disseram que se sentem tensionados por gastos em todos os meses do ano.

As despesas que mais pesam no orçamento, segundo a pesquisa da Toluna, são: contas para manter a casa, como luz, gás, condomínio (44%) e mercado (42%). 34% dos entrevistados afirmaram que gastam mais com escola e plano de saúde do que com outras despesas nesse período.

Uma enorme parte dos entrevistados (79%) concordaram, também, serem abusivos os aumentos perpetrados pelos planos de saúde no último ano. E 28% estão avaliando uma possível troca de operadora de planos para amenizar os gastos.

Paradoxalmente ao desejo de poupar detectado pela pesquisa, 59% dos entrevistados revelaram possuir dívidas, sendo a maioria com cartões de crédito (58%), seguido por bancos (38%) e financiamentos (31%). Para 18% dos que responderam à pesquisa, 40% dos seus ganhos estão comprometidos com dívidas.

Corroborando notícias recentes que mostram uma maior parcela da população interessada em investir na Bolsa ou em outros canais: 29% dos que responderam ao questionário da Toluna afirmaram que investem seu dinheiro em bancos, enquanto 16% em corretoras e mais plataformas específicas.

A pesquisa da Toluna foi realizada entre os dias 03 e 04 de fevereiro de 2021, com 820 pessoas — 45% homens e 55% mulheres — das classes A, B e C, segundo critério de classificação de classes utilizado pela Abep (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa), em que pessoas da classe C2 tem renda média domiciliar de R$ 4.500 por mês.

Estudo feito com pessoas acima de 18 anos, de todas as regiões brasileiras, com 3 pontos percentuais de margem de erro e 95% de nível de confiança.