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Mais de 60% dos brasileiros não sabem reconhecer notícias falsas, revela pesquisa

25 fev 2020, 15:01 - atualizado em 25 fev 2020, 15:03
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A pesquisa da Kaspersky revela que 16% dos entrevistados latino-americanos desconhecem o termo “fake news” (Imagem: Pixabay/Wokandapix)

A maioria dos brasileiros (62%) não consegue diferenciar o que é notícia verdadeira e o que é notícia falsa. De acordo com o estudo “Iceberg Digital”, da Kaspersky, o país está atrás de Peru (79%), Colômbia (73%), Chile (70%), México (66%) e Argentina (66%).

A pesquisa revela que 16% dos entrevistados latino-americanos desconhecem o termo “fake news“. Quase metade dos peruanos, por exemplo, alega não saber o significado da expressão. No Brasil, o percentual é de apenas 2%.

Sobre a natureza das notícias falsas,  2% dos latino-americanos classificam-nas como ofensivas, enquanto a grande maioria as vê como perigosas e eventualmente danosas. Há ainda uma parcela considerável de entrevistados (72%) que acredita que as fake news viralizam para causar dano a algo ou alguém.

Dentre as pessoas que confiam na internet, as mulheres, com 49%, superam os homens, com 42%. Na comparação regional, as peruanas aparecem na liderança novamente, formando 63%. As colombianas e mexicanas vêm logo em seguida, ambos os grupos com 47%.

A pesquisa também destaca que um terço dos entrevistados usa apenas as redes sociais para se informar diariamente e apenas 17% se informam em sites de mídia tradicional. Em termos de faixa etária, jovens entre 18 e 24 anos são os que mais usam as redes para saber o que está acontecendo em seu país ou região. Os que menos se informam por estas plataformas têm idade  entre 35 e 50 anos. No entanto, quem mais compartilha fake news em seus perfis e comentam sobre as notícias sem são os usuários entre 25 e 34 anos.

“Os resultados deste novo estudo deixam claro que grande parte dos latino-americanos continua confiando fielmente no que circula na web, algo que pode causar graves consequências não apenas no âmbito pessoal, mas também no profissional”, alerta Fabio Assolini, pesquisador sênior de segurança da Kaspersky no Brasil.

O estudo faz parte de uma campanha de conscientização e procura analisar a atual situação de segurança dos internautas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru. , A iniciativa visa impedir que usuários se tornem vítimas dos chamados “icebergs digitais” (sites, aplicativos, links ou imagens que, à primeira vista, parecem inofensivos e superficiais, mas escondem perigos).