Mais bioenergia na conta do sisal. Depois do etanol, biogás com mais hidrogênio verde
Se também dá etanol, também dá biogás.
Pesquisadores do Laboratório de Genômica e bioenergia (LGE), da Unicamp, dão mais um passo em mostrar o sisal – ou agave – como rica fonte de bioenergia. Biogás rico em hidrogênio verde.
Em parceria com a Shell, o biogás é resultado do trabalho dos pesquisadores Maiki Soares de Paula e Fabiane Vieira foram festejados pelo professor Gonçalo Pereira, líder do LGE.
“Hidrogênio Super Verde do Sertão”, anunciou.
Produzido a partir do inóculo (substância com concentração de microorganismo) também saído do mesmo grupo de cientistas, o biogás contém 50% de hidrogênio realmente verde.
O processo teve início com a moagem da folha do sisal, como se fosse um colmo de cana, simplifica Pereira.
O que é rejeito hoje, o caldo, uma vez que da planta se usa apenas a fibra – ainda – assume cada vez mais importância para a bioenergia, além de poder mudar o cenário de subsistência de milhões de nordestinos.
Lembrando aqui que no caso da produção do etanol, os trabalhos são bem mais avançados, com o professor e pesquisador Fabio Raya a frente.
E o potencial, já destacado por ele aqui em Money Times, é de 5,5 mil litros de álcoois por hectare.