Maior trading global de cobre vê demanda forte fora da China
Europa e EUA lideram cada vez mais a demanda por metais – em um sinal de desvio da China – à medida que a transição energética aumenta o uso de matérias-primas como o cobre, de acordo com o diretor-presidente da trading de commodities Trafigura Group.
“Começamos a ver uma grande mudança”, disse o CEO da Trafigura, Jeremy Weir, durante o evento FT Commodities Asia Summit, em Singapura.
A China tem sido o principal impulsionador dos preços e da demanda por metais, mas agora há muito mais consumo emergindo na Europa e nos EUA para eletrificação, afirmou.
Os comentários destacam uma grande mudança estrutural em commodities industriais diante da desaceleração da onda de urbanização na China, o que atingiu a principal fonte de crescimento da demanda nas últimas duas décadas.
A necessidade de mais cobre, níquel e lítio nos próximos anos será um fenômeno global, já que todas maiores economias buscam a descarbonização.
Weir disse que a demanda por cobre permanece forte, apesar dos recentes desafios globais. Os estoques do metal diminuíram este ano, o que provocou temores de escassez, mesmo em meio à turbulência econômica.
“Estamos vendo, por exemplo, uma demanda por cobre muito forte na Europa por meio da eletrificação e até da pandemia”, disse. “Mesmo a atual crise e o conflito na Ucrânia não estão reduzindo a demanda por cobre.”
Muitos outros executivos de peso e analistas de commodities têm destacado o cenário positivo para o cobre e a necessidade de nova oferta. Ainda assim, os preços do metal por enquanto desafiam as previsões de ganhos mais acentuados e sustentados acima de US$ 10 mil a tonelada.
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