Maior seca em 121 anos ganha força no Amazonas em meio ao El Niño e acende alerta para agricultura

A forte seca no estado do Amazonas, já afeta 598 mil pessoas nas 62 cidades, segundo boletim divulgado pela Defesa Civil do estado na terça-feira (31). Apuí e Presidente Figueiredo estavam em alerta, no entanto, todas se encontram em estado de emergência após dados atualizados desta quarta-feira (01).

No período de janeiro a 30 de outubro deste ano, 18.601 focos de calor foram registrados, dos quais 2,6 mil foram na região metropolitana, e 10 mil na região sul do estado. Além disso, no período de 12 de julho a 30 de outubro, o Corpo de Bombeiros combateu 2.527 incêndios.

Segundo o Painel de Queimadas, distribuído pelo site da Defesa Civil, a cidade de Apuí está em segundo lugar no ranking de focos de calor, atingindo a faixa dos 2,1 mil. Em primeiro, se encontra Lábrea, com 2,2 mil focos.

Mais de 150 mil famílias estão sendo afetadas pela seca, sendo esta a pior registrada em Manaus há 121 anos.

O governo federal disponibilizou cerca de R$ 100 milhões para ações emergenciais de dragagem de trechos do Rio Negro, além de distribuir cestas básicas e água mineral para as famílias afetadas.

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Impactos na agricultura

O cenário do estado ocorre enquanto o fenômeno El Niño se intensifica. Com isso, o fenômeno que reduz as chuvas na metade norte do Brasil agrava o cenário de seca na região e também afeta o abastecimento de água.

Com impactos significativos na agricultura da região, a produtividade agrícola pode sofrer queda.

Devido à seca, áreas de várzea que estão inundadas pela cheia do rio, deve impactar o cultivo dos principais produtos agrícolas do estado como arroz, mandioca, banana e melancia.

Além disso, o período de inundação dessas culturas será reduzido, o que põe em risco o desenvolvimento das plantações.