Maior produtora de minério da África vê desaceleração de preços
A unidade de minério de ferro da Anglo American na África do Sul espera que os preços da matéria-prima desacelerem no segundo semestre deste ano diante do aumento da oferta no Brasil.
“Devemos ver um pouco de moderação, com o preço caindo para um nível de US$ 90 a tonelada pelo resto do ano, que ainda é um preço muito bom”, disse Timo Smit, responsável de marketing da Kumba Iron Ore, em teleconferência na terça-feira.
A maior produtora de minério de ferro da África obteve preço médio de US$ 93 a tonelada durante o primeiro semestre, 14% abaixo do que no mesmo período do ano anterior, apesar da recuperação da demanda chinesa após o surto de coronavírus.
Embora a Kumba tenha se beneficiado de um rand mais fraco, o que reduz os custos para empresas sul-africanas, a produção foi limitada pela pandemia.
A Kumba cortou o dividendo provisório para o equivalente a 75% do lucro em relação a 98% no ano anterior, embora o pagamento ainda esteja na ponta superior do intervalo da meta.
Os ganhos, que excluem alguns itens extraordinários, caíram 17%, para 8,4 bilhões de rands (US$ 508 milhões).
A empresa aumentou as operações para 100% da capacidade após as paralisações causadas pelo vírus, que reduziram a produção em 11% no primeiro semestre, de acordo com o CEO Themba Mkhwanazi. A produtora ainda enfrenta gargalos nos portos devido às medidas de isolamento, disse.
As ações da Kumba acumulam valorização de 32% desde janeiro.