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Maior operadora de aeroportos argentina vai investir US$ 2,5 bi

01 dez 2020, 11:36 - atualizado em 01 dez 2020, 11:36
Aeroportos Aviação
A concessão da empresa foi prorrogada até 2038 pelo governo, com a extensão do acordo anterior que encerraria a licença em 2028 (Imagem: Agência Brasil/Marcello Casal Jr)

A Aeropuertos Argentina 2000, maior operadora de aeroportos do país, planeja investir US$ 2,5 bilhões depois de receber uma extensão de 10 anos para sua concessão de aeroportos locais.

A concessão da empresa foi prorrogada até 2038 pelo governo, com a extensão do acordo anterior que encerraria a licença em 2028. A Aeropuertos Argentina 2000, controlada pela Corporación América Airports, opera 35 aeroportos na segunda maior economia da América do Sul.

O setor aéreo ainda tenta se recuperar da crise histórica causada pela desaceleração global das viagens como resultado da pandemia de coronavírus.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo disse que a Argentina tem o segundo programa mais rígido de restrições contra a Covid da região e projeta que os fluxos de passageiros só retornem aos níveis anteriores à pandemia entre 2023 e 2024.

Como parte da extensão, a empresa se compromete a investir US$ 2,5 bilhões e planeja gastar US$ 1,4 bilhão nos primeiros sete anos. A operadora provavelmente recorrerá aos mercados em algum momento nesse período para financiar o investimento inicial, de acordo com Martín Eurnekian, presidente do conselho da Aeropuertos Argentina 2000.

“Nosso setor foi o primeiro a fechar e será um dos últimos a reabrir” disse Eurnekian em entrevista por telefone. “Estamos dando esses passos, além da urgência inicial da pandemia, para ter uma estrutura de sustentabilidade no médio prazo.”

A empresa está em negociações com o governo para determinar como os investimentos em infraestrutura serão implantados, já que as prioridades mudaram devido à pandemia, disse o diretor-presidente da operadora, Daniel Ketchibachian.

O tráfego aéreo na Argentina deve terminar o ano com queda de 77% em relação a 2019. Cerca de 75% da receita da empresa está diretamente vinculada ao tráfego de passageiros, sendo o restante relacionado à atividade de carga, cujos volumes também caíram mesmo sem interrupções durante a pandemia.