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Maior massa de trabalhadores em operação no agro, sucroenergia roda domingo entre trabalho e votação

01 out 2022, 10:07 - atualizado em 01 out 2022, 11:05
Cana-de-açúcar Agricultura Commodities Agronegócio
Empregados de usinas e trabalhadores rurais serão divididos em turmas no dia das eleições (Imagem: Unsplash/
Ashwini Chaudhary)

O Brasil canavieiro inteiro está rodando a safra. De Goiás para baixo, caminha para o final. No Nordeste começou há poucos dias. É o maior contingente de trabalhadores do agronegócio em operação neste momento, que dividirá o domingo de eleições entre votação e os serviços.

Apesar de o plantio da soja estar andando, como um restinho do milho, e a colheita do trigo avançando, do Centro-Oeste ao Sul, a sucroenergia mobiliza mais pessoas porque une colheita e indústrias a todo vapor.

As usinas não pausarão os serviços amanhã – e nem podem, do ponto de vista de manutenção do cronograma comercial, atenção ao clima e, inclusive, por aspectos funcionais dos equipamentos -, bem como os produtores (e seus trabalhadores) em algumas regiões, e os esquemas de funcionamento estão prontos.

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Os números no Brasil não são precisos, mas passa de 1,1 milhão de pessoas, entre usinas e campo, boa parte contratada temporariamente, segundo dados de anos anteriores.

No Nordeste e Norte, são cerca de 300 mil profissionais entre campo e fábrica. Só em Pernambuco, segundo estado nordestino em produção, são 82 mil pessoas, por estatísticas atualizadas.

O presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), Alexandre Lima, diz que, por tradição, a colheita não costuma ser feita aos domingos nas lavouras dos produtores independentes que entregam cana às 13 usinas.

Como em todo o Nordeste e Norte – 35 usinas – a colheita ainda é manual, na maioria das regiões, portanto a maior massa de mão-de-obra do setor é do campo e não precisará dividir o dia 2 entre votação e trabalho. Vale lembrar que a cana de fornecedor predomina nas regiões sobre a matéria-prima dos grupos usineiros.

Já as usinas pernambucanas trocarão as turmas ao meio-dia, explica Lima.

Como será o caso da Coaf, usina cooperativista, no Norte do estado, também presidida por ele.

O mesmo esquema segue igual no Brasil todo entre as indústrias.

Com algumas variações em relação à colheita. Paulo Leal, presidente da Federação Nacional dos Plantadores de Cana (Feplana) com mais de 60 associados, lembra que em algumas regiões os produtores independentes não param de trabalhar mesmo aos domingos.

É o caso da região dele, no Noroeste do Paraná, no qual a entrega de cana seguirá normalmente, incluindo a cana própria da usina, que predomina no estado.

Mas as operações de campo são mecanizadas, como na maior parte do Centro-Sul, e somente mobilizam operadores de colheitadeiras e motoristas de caminhões que fazem o transbordo.

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