Política

Maia reafirma defesa a veto e ressalta que servidores estão com salários em dia em meio à crise

20 ago 2020, 19:47 - atualizado em 20 ago 2020, 19:47
Rodrigo Maia
A suspensão de reajustes até 2021 foi exigida pelo Poder Executivo em troca do socorro financeiro de R$ 125 bilhões aos entes federativos em razão da Covid-19 (Imagem: Najara Araújo/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que o veto sobre o reajuste de servidores públicos que atuam no combate à pandemia de Covid-19 é uma discussão menor em relação à proposta aprovada: o socorro financeiro de R$ 125 bilhões aos entes federativos.

“O debate sobre esse veto não tem nenhuma relação sobre o mais importante feito pelo Congresso Nacional que foi, no meio da pandemia, garantir recursos para que todos os municípios e todos os estados tivessem as condições – mesmo com a paralisia das atividades econômicas – de continuar pagando o salário dos servidores em dia”, disse Maia.

O Congresso decidirá se mantém ou rejeita o Veto 17, que proibiu reajuste salarial para servidores de estados e municípios (civis e militares) diretamente envolvidos no combate à pandemia causada pelo novo coronavírus e também para integrantes das Forças Armadas.

A suspensão de reajustes até 2021 foi exigida pelo Poder Executivo em troca do socorro financeiro de R$ 125 bilhões aos entes federativos em razão da Covid-19.

Crise econômica

Maia afirmou que a “decisão correta” é manter o veto à possibilidade de reajustes dos servidores públicos, já que eles continuam com os salários integrais e em dia. Ele destacou que o setor privado registra fechamento de vagas, redução de jornadas e outros impactos da crise econômica.

“A crise econômica não está acabando. Uma crise que já tirou mais de 100 mil vidas, que já tirou mais de 2 milhões de empregos, que já tirou a integralidade do salário de mais 9 milhões de brasileiros. A Câmara precisa dar uma resposta que, do meu ponto de vista, é defender a manutenção do veto”, afirmou.