Política

Maia cobra governo para aprovar reforma tributária e descarta prorrogar PEC da Guerra

30 nov 2020, 16:46 - atualizado em 30 nov 2020, 16:46
Rodrigo Maia
Segundo Maia, se não houver consenso, ele vai deixar o assunto para o próximo presidente da Câmara (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), cobrou nesta segunda-feira empenho do governo do presidente Jair Bolsonaro para aprovar uma reforma tributária no Congresso ao mesmo tempo em que descartou a possibilidade de se prorrogar a chamada PEC da Guerra no próximo ano.

Em entrevista ao Portal UOL, Maia disse acreditar que a reforma tributária tem voto para ser aprovada na Câmara desde que o governo resolva ajudar na articulação.

Ele destacou que o relator da proposta na comissão mista, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), buscará esta semana um consenso a fim de pautar um texto.

Segundo Maia, se não houver consenso, ele vai deixar o assunto para o próximo presidente da Câmara seu atual mandato se encerra no início de fevereiro de 2021.

O presidente da Câmara disse que “sem dúvida nenhuma” a reforma tributária é a proposta de maior impacto para a melhoria do ambiente de negócios no Brasil, podendo levar, em sua avaliação, muitos a anteciparem investimentos em caso de ela entrar em vigor.

Na entrevista, Maia disse ter se assustado com o fato de o governo, após o fim das eleições municipais, não ter reunido seus principais líderes e ministros para discutir a pauta de votações do Congresso.

O presidente da Câmara foi taxativo ao dizer que não haverá uma prorrogação do estado de calamidade e da PEC da Guerra no próximo ano. Esses instrumentos legais permitiram uma expansão extraordinária de despesas públicas a fim de que o país pudesse enfrentar a pandemia.

“Não adianta forçar a mão porque na minha presidência não haverá, em nenhuma hipótese, prorrogação da PEC da Guerra”, frisou.

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