Magazine Luiza tem mais um dia difícil na Bolsa; está na hora de comprar as ações?
A Bolsa enfrentou mais um dia difícil, o Ibovespa (IBOV) desabou 2,33%. A queda acontece em um dia complicado no mercado internacional devido aos temores sobre uma resseção na economia chinesa.
Em meio a esse caos, o Magazine Luiza (MGLU3) caiu 3,14%. Nos últimos 30 dias os papéis já recuaram cerca de 11%. Sendo assim, olhando para esse cenário turbulento, será que ainda vale a pena investir no Magazine Luiza?
Para responder esse questionamento, o BTG Pactual enviou um relatório aos clientes nesta segunda-feira (20). O Money Times não ficou de fora dessa e obteve o documento.
Para os analistas, o setor de e-commerce tende a enfrentar algumas dificuldades para crescer, por causa de um cenário competitivo de curto prazo e de uma base comparativa mais difícil devido à grande expansão do ano passado.
No entanto, Luiz Guanais, Gabriel Disselli, Victor Rogatis e Luiz Temporini calcularam que a ação pode subir cerca de 63% devido ao plano logístico criado pela empresa.
Em videoconferência realizada com a administração da companhia, os especialistas descobriram que 53% das compras realizadas no Magalu são entregues em 24 horas desde julho desse ano.
Não obstante, 70% dos pedidos passaram a chegar na mão do consumidor em até 48 horas após a aprovação do pagamento.
Desse ponto de vista, Guanais, Disselli, Rogatis e Temporini comentaram que essa evolução aconteceu após a compra de três empresas do setor de entregas, a Logbee, GFL Logística e Sode. A última foi adquirida em julho de 2021.
Os especialistas destacaram a GFL Logística com uma das principais soluções da varejista para entrega de seus produtos.
“A startup oferece principalmente as seguintes soluções: entrega no mesmo dia e última milha, logística reversa e coleta na primeira milha, com 85% das entregas em 1 dia e 100% em 2 dias”, explicaram os analistas.
Além da redução no tempo de entrega, eles destacaram que para superar a saturação no e-commerce, a empresa deve cobrar um frete abaixo do mercado para ser mais atrativo para o cliente.
De acordo com os analistas, o Magalu passou a buscar esse padrão investindo na verticalização dos processos, como a possibilidade de retirar o produto na loja, o que reduz os custos para a entrega.
Outro ponto é que a companhia buscou superar os desafios para aumentar o seu market place com três inovações.
A primeira foi a Magalu Coletas, a qual foi iniciada em 2020 e, atualmente, corresponde a 60% dos pedidos de marketplace.
Além disso, a empresa possui cerca de 590 lojas fazendo coleta dos itens vendidos no marketplace (10% dos pedidos). Para o final do ano, ela possui uma estimativa de 1 mil lojas como local de coleta.
“A companhia lançou também a Agência Magalu, serviço de drop shipping para que os vendedores deixem os produtos nas lojas, antes de serem entregues aos compradores (frete 20% mais barato e prazo de entrega 30-40% mais rápido que os Correios)”, comentaram os analistas.
Por isso, o banco visualizou um esforço no Magazine Luiza para gerar resultado e superar as dificuldades do setor. Sendo assim, o BTG recomendou compra para a varejista com preço-alvo de R$ 26.