Magazine Luiza: queda da ação é oportunidade de aproveitar alta de até 50%
Após disparar três dígitos e se tornar a queridinha de muitos investidores, as ações do Magazine Luiza (MGLU3) não têm um bom ano.
Em 2021, os papéis acumulam perda de 27%, com altas taxas de volatilidade. Apesar disso, a Ativa está confiante com a empresa e projeta uma elevação de até 50%, com preço-alvo de R$ 28,40.
Segundo o analista Pedro Serra, a varejista continua entregando forte crescimento de GMV (valor bruto de mercadoria) nos últimos resultados, mesmo diante da entrada de novas empresas no mercado, “o que demonstra a força do seu modelo omnicanal, com foco em digitalização, nível de serviço e categorias de maior potencial de crescimento e recorrência de compras”.
“Vemos o crescimento do 3P como uma avenida para ganho de market-share sem precisar consumir o caixa da empresa. Acreditamos que a recente desvalorização da ação foi exagerada e abriu uma janela de oportunidade para os papéis da companhia”, completa.
Avenidas de crescimento
Atualmente, o Magazine Luiza aposta em quatro pilares para pavimentar sua expansão:
- melhor experiência dentro da plataforma;
- novas categorias;
- superapp;
- entrega mais rápida;
Para tanto, a empresa tem engrossado as aquisições nos últimos anos, como Época Cosméticos (beauty), Zattini (moda), VipCommerce (supermercado), TonoLucro/AiQFome (Food Delivery), Netshoes (artigos esportivos), Estante Virtual e KaBum! (games).
De acordo com o analista, a integração dessas operações com o modelo multicanal da companhia gera ganhos de sinergia, o que, juntamente com a evolução da Logbee e do ship from store, tornam as entregas mais rápidas e com menor custo logístico, além de viabilizar o novo modelo de loja física, que funciona como um ponto de apoio à logística.
“Com a retomada da economia já em andamento e com o digital continuando sua caminhada de crescimento, devemos vislumbrar nos próximos resultados um crescimento nas vendas”, afirma.
Ele lembra também que o modelo de sucesso do Magazine Luiza mais do que compensa a menor margem do e-commerce (em relação às lojas físicas) e permite à companhia uma posição de destaque, sendo a única varejista a ter um crescimento exponencial no e-commerce, com lucro e geração de caixa, desde o terceiro trimestre de 2017.
“A contínua expansão de market-share com manutenção de rentabilidade, em um ambiente extremamente competitivo, mostra o quão bem a Magazine Luiza é tocada, e como o management é capaz de gerar valor para os acionistas da empresa”, completa.
Riscos
A empresa, porém, ainda guarda alguns riscos. O principal deles é a competição de players estrangeiros (Alibaba, Amazon, Shopee), que estão investindo em capacidade de operação logística e pressionam os papéis do setor.
Outro ponto de atenção são os impactos do fim do auxílio emergencial na demanda por produtos que não sejam essenciais.