Comprar ou vender?

Magazine Luiza (MGLU3) volta a tombar e mira R$ 1,50; é hora de comprar?

17 out 2023, 16:27 - atualizado em 17 out 2023, 16:27
Magazine Luiza
Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos, sustenta ainda que é difícil falar se o papel chegou no piso (Imagem: Magazine Luiza/Reprodução)

O Magazine Luiza (MGLU3) volta a cair nesta terça-feira (17). Por volta das 16h25, a empresa recuava 6,15%, a R$ 1,68. A ação caia puxado pelo aumento nas taxas de juros futuras de vencimentos mais longos, em dia de alta nos rendimentos dos Treasuries.

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o volume de serviços no Brasil caiu 0,9% na comparação mensal. Embora os dados do IBGE mostrem uma alta de 11,6% acima do nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia, o setor está 1,9% abaixo de dezembro de 2022.

Guilherme Sousa, economista da Ativa Investimentos, destaca que o setor surpreendeu negativamente, levando a uma revisão da projeção do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,7% para 2,5%.

Lá fora, as vendas do varejo americano cresceram em setembro mais do que o previsto, sinalizando demanda doméstica resistente ao subir 0,7% após 0,8% em agosto e uma economia ainda aquecida que ira precisar de juros.

Isso pressionava os rendimentos dos tesouros públicos americanos.

Oportunidade para o Magazine Luiza?

Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos, sustenta ainda que é difícil falar se o papel chegou no piso, “mas se você olha historicamente e até se a gente apostar em uma espécie de recuperação, o papel está começando a ficar bastante atrativo”.

“Vamos lembrar que MGLU3 já chegou a negocias quase 30 vezes o valor contábil e agora está sendo negociado a 1,20 vez o valor contábil, então ele já está ficando expressivamente barato. Ainda é necessário se atentar quando será o “vale”, porque de fato ela vai começar a recuperar”, coloca.

Para ele, porém, para a ação engatar, precisaria haver um corte juros tanto lá fora quanto aqui, de longo prazo, principalmente, e com a inflação deixando de incomodar.

Na visão da XP, a empresa divulgará resultados mistos no terceiro trimestre, com fraco desempenho de faturamento, mas um pouco melhor nas margens.

Por fim, o prejuízo líquido deverá ficar em R$ 187 milhões, com despesas financeiras ainda pesadas, embora a corretora espere que o FCF (fluxo de caixa) seja positivo em uma melhor dinâmica.

A recomendação da XP é de neutralidade com o papel, com preço-alvo de R$ 2,5.