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Magazine Luiza (MGLU3) vira o jogo e registra lucro líquido de R$ 212,2 milhões no 4T23

18 mar 2024, 20:35 - atualizado em 18 mar 2024, 21:09
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Magazine Luiza lucra no quarto trimestre de 2023, superando expectativas (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Magazine Luiza (MGLU3) registrou no quarto trimestre do ano passado um lucro líquido de R$ 212,2 milhões, mostra relatório divulgado pelo varejista do e-commerce brasileiro nesta segunda-feira (18).

Com isso, a companhia reverteu a baixa de R$ 35,9 milhões apontada no mesmo período de 2022.

O lucro líquido pós-ajustes ficou em R$ 101,5 milhões, contra perdas de R$ 15,2 milhões um ano antes.

O resultado veio acima das expectativas do consenso do mercado, que projetava ganhos de R$ 55 milhões, segundo levantamento da Bloomberg.

Citando o lucro recorrente, o Magazine Luiza afirmou que o quarto trimestre de 2023 foi o “trimestre da virada” para a companhia, considerando que a empresa conseguiu reverter a tendência negativa dos últimos dois anos. Houve crescimento da margem bruta, que atingiu 30,3%, e da margem Ebitda, a 7,2%.

“O Magalu conseguiu melhorias operacionais em todos os canais de vendas, enquanto as despesas financeiras foram 20% menores, representando 4% da receita líquida”, destacou.

Apesar disso, a companhia encerrou o último ano acumulando em 12 meses um prejuízo ajustado de R$ 550,1 milhões, número 47,8% maior do que o saldo negativo de R$ 372,1 milhões de 2022.

O Ebitda ajustado do quarto trimestre subiu 12,3% em base anual, a R$ 756,5 milhões, beneficiado principalmente pelo aumento da margem de contribuição dos canais de venda, especialmente do marketplace.

Nos 12 meses de 2023, o Ebitda ajustado ficou praticamente estável em R$ 2,13 bilhões.

Vendas estáveis em trimestre de Black Friday

As vendas totais do Magazine Luiza, incluindo as operações do marketplace, totalizaram R$ 17,9 bilhões no quarto trimestre, praticamente em linha com o desempenho visto nos últimos três meses de 2022.

As lojas físicas responderam por cerca de R$ 5 bilhões das vendas consolidadas no trimestre, alta de 4% no comparativo anual. No período, o varejista conseguiu expandir sua participação de mercado em 1,2 ponto percentual.

No e-commerce com estoque próprio (1P), as vendas da companhia caíram 7,8%. Já as vendas no marketplace (3P) cresceram 9,9%, a R$ 5,1 bilhões. Considerando o e-commerce total, o Magazine Luiza viu as vendas contraírem 1,5% no fim do ano passado.

No ano cheio de 2023, as vendas totais da companhia atingiram R$ 63 bilhões, alta de 4,8% ante 2022.

A receita líquida totalizou R$ 10,5 bilhões e R$ 36,7 bilhões no quarto trimestre e no acumulado de 2023, respectivamente.

Posição de caixa aumenta

No quarto trimestre, o Magalu apresentou geração de caixa operacional de R$ 1,5 bilhão, “influenciada pela evolução no resultado operacional e pela variação do capital de giro, com destaque para a redução nos níveis de estoque”, explicou a empresa.

Dessa forma, o Magazine Luiza encerrou o trimestre com posição de caixa líquido ajustado de R$ 1,7 bilhão e uma posição de caixa total de R$ 9,1 bilhões, considerando caixa e aplicações financeiras de R$ 3,4 bilhões e recebíveis de cartão de crédito disponíveis de R$ 5,7 bilhões.

Em janeiro deste ano, o Magazine Luiza aprovou um aumento de capital privado de R$ 1,25 bilhão. Os recursos captados servirão para acelerar os investimentos em tecnologia, incluindo a expansão do Luizalabs e a evolução da plataforma de marketplace, da experiência do usuário (UX) e dos serviços de Ads, Fintech, Fulfillment e Magalu Cloud.

“Além de suportar esses investimentos, parte do valor captado contribuirá para a otimização da estrutura de capital da companhia, acelerando a redução das despesas financeiras”, completou a companhia.

Também em janeiro, o Magalu realizou o pagamento da nona emissão de debêntures simples no montante de R$ 800 milhões mais os juros.

Confira o balanço completo:

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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