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Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Americanas (AMER3) vão escapar do prejuízo no 3T22? Veja o que diz a XP

21 out 2022, 6:13 - atualizado em 21 out 2022, 9:19
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XP cita o impacto sobre o Magazine Luiza da baixa demanda por eletrônicos e bens duráveis. (Imagem: Freepik/@snowing)

Magazine Luiza (MGLU3), Via Varejo (VIIA3) e Americanas (AMER3) devem registrar prejuízo no terceiro trimestre de 2022 (3T22), refletindo um momento fraco do varejo em geral, afirmam os analistas da XP Investimentos.

“Esperamos que o varejo físico continue a se recuperar, enquanto o online deve continuar desacelerando por conta do cenário macro, base de comparação difícil e normalização do mix de canais”, avaliam.

No e-commerce, o crescimento pressionado e a queima de caixa devem continuar, alertam os analistas. A corretora diz não esperar recuperações de margem significativas, dado que o baixo crescimento limita a alavancagem operacional.

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Americanas

Segundo a XP, a receita da Americanas deve surpreender negativamente e a rentabilidade deve ser pressionada pela alavancagem operacional, levando a uma queima de caixa no trimestre.

O volume bruto de mercadorias total (GMV) deve cair 9%, uma vez que o avanço das lojas físicas (+12% na comparação anual) não será suficiente para compensar a queda do GMV online (-15%), de acordo com a corretora.

O resultado será impactado, diz, principalmente pela fraca performance no 1P (-35%), frente a dinâmica desafiadora para a categoria de eletrônicos e um tímido crescimento no 3P (+2%).

Quanto à rentabilidade, espera-se que a margem bruta venha estável, em 31,5%, enquanto a margem Ebitda deve cair em 1,4 ponto percentual (p.p.) com a alavancagem operacional, diz a XP.

A corretora projeta um prejuízo líquido de R$ 344 milhões para a companhia, com despesas financeiras mais altas.

Americanas 3T22E (milhão) Variação (anual)
Receita Líquida R$ 5.421 -13,6%
Ebitda Ajustado R$ 564 -24,1%
Margem Ebitda 10,4% -1,4 p.p
Prejuízo líquido R$ 344
  • Data prevista para divulgação do balanço: 10/11/22

Magazine Luiza

A XP cita o impacto sobre o Magazine Luiza da baixa demanda por eletrônicos e bens duráveis, que representam grande parte do volume bruto de mercadorias da companhia.

O GMV total deve crescer 4% na comparação anual, com o canal online avançando 4%, impulsionado pelo 1P em 2% e o 3P em +7%, enquanto o varejo físico deve reportar vendas mesmas lojas (SSS) estáveis, por conta da demanda pressionada.

Quanto a rentabilidade, os analistas esperam um aumento de 3,70 pontos percentuais na margem bruta, por conta do mix de canais, aumento de preços e redução de incentivos.

Já a margem Ebitda deve ser estável devido à desalavancagem operacional.

A XP espera que o Magazine Luiza reporte um prejuízo líquido de R$ 144 milhões no período.

Magazine Luiza 3T22E (milhão) Variação (anual)
Receita Líquida R$ 8.821 2,4%
Ebitda Ajustado R$ 502 43%
Margem Ebitda 5,7% 1,6 p.p
Prejuízo líquido R$ 144
  • Data prevista para divulgação do balanço: 10/11/22

Via Varejo

O crescimento de GMV e receita da Via devem seguir pressionados, combinados com um prejuízo e queima de caixa, disse a XP.

A corretora estima queda de 8% no volume de mercadoria vendido, na comparação anual, com a recuperação das lojas físicas (4%) não compensando a fraca performance online (-21%).

O 1P deve cair 12%, por conta do impacto do cenário macro na demanda por bens duráveis e eletrônicos, diz. O 3P deve acelerar a queda (-40%), devido à estratégia da empresa de priorizar a cauda longa com ticket médio mais baixo, segundo a XP.

Em termos de rentabilidade, a margem bruta deve expandir pelo mix de canais, aumento de preço e de taxa de comissão e uma recuperação do Ebitda, por conta de uma base mais fácil de comparação, de acordo com a corretora.

A XP espera uma piora nos níveis de inadimplência e um prejuízo de R$ 203 milhões.

Via 3T22E (milhão) Variação (anual)
Receita Líquida R$ 7.130 -3,0%
Ebitda Ajustado R$ 535
Margem Ebitda 7,6% 12,2p.p
Prejuízo líquido R$ 203
  • Data prevista para divulgação do balanço: 10/11/22

Disclaimer

Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.