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Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Americanas (AMER3) caem. Existe relação?

21 fev 2022, 17:17 - atualizado em 21 fev 2022, 17:17
Magazine Luiza
A queda do Magalu é explicada pelas últimas revisões feitas pelos principais bancos sobre o preço-alvo desses ativos, muito por conta do cenário macroeconômico local (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

As ações de varejo estão entre os principais destaques negativos do Ibovespa nesta segunda-feira (21), com Americanas S.A. (AMER3) despontando como a maior queda do dia, seguida por Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3).

Por volta das 17h, os papéis da Americanas registravam perdas de 5,66%, cotados a R$ 31,81 cada. A pressão nos ativos veio após a suspensão dos sites Americanas.com e Submarino neste último fim de semana, por suspeita de ataque hacker.

O Magazine Luiza caía mais de 4%, a R$ 6,07. Via segue a mesma trajetória baixista, computando perdas de 3,3%, com a ação negociada a R$ 3,81.

Situação da Americanas respinga em Magalu e Via?

Mas, afinal, o desempenho das duas ações tem relação com o fato do e-commerce da Americanas estar fora do ar? De acordo com o Everton Medeiros, especialista da Valor Investimentos, não.

Segundo Medeiros, a queda é explicada pelas últimas revisões feitas pelos principais bancos sobre o preço-alvo desses ativos, muito por conta do cenário macroeconômico local, que derrubou o poder de compra do brasileiro.

Além disso, a entrada dos e-commerce chineses coloca mais pressão no ambiente já bastante competitivo do comércio eletrônico no país.

Riscos para Americanas

Os e-commerce da Americanas seguem indisponíveis. Nos sites, a companhia informou que, “por questões de segurança, suspendeu proativamente parte dos servidores do ambiente de e-commerce e atua com recursos técnicos e especialistas para normalizar com segurança o mais rápido possível”.

A Americanas destacou que as lojas não tiveram suas atividades interrompidas e seguem em operação.

Para analistas, ainda é cedo para mensurar as consequências do ocorrido. A leitura, no entanto, é negativa, uma vez que o e-commerce representa aproximadamente 60% das receitas da companhia, afirma a XP Investimentos. A corretora tem recomendação neutra e preço-alvo de R$ 40 para o nome.

De acordo com Valéria Vieira, head de renda variável da RB Investimentos, a imagem da Americanas está em jogo.

“[A suspeita de ataque hacker] prejudica muito a empresa, uma vez que o cliente não se sente seguro em usar o site, com medo de vazamento de dados”, explica.

Vieira afirma que casos como este acabam levando o consumidor a realizar compras em outras lojas virtuais. Dessa forma, a Americanas está correndo o risco de outra loja fidelizar o cliente pelo atendimento.

O especialista da Valor destaca que, em relação ao último fechamento, a Americanas perdeu mais de R$ 1,33 bilhão em valor de mercado nesta segunda.

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