Magazine Luiza (MGLU3) vai melhorar após resultados do 1T22?
O Magazine Luiza (MGLU3) deve melhorar algumas métricas do balanço até o final do ano, após prejuízo de R$ 161 milhões no primeiro trimestre, na avaliação da XP Investimentos.
A corretora espera que a varejista melhore a margem Ebitda, com a rentabilidade de março já em 6,5%, enquanto a base de comparação deve favorecer o varejo físico, segundo relatório assinado por Danniela Eiger e equipe.
“O cenário macro deve continuar desafiando a demanda por bens duráveis“, disseram os analistas. Segundo eles, a dinâmica de capital de giro deve melhorar, uma vez que a companhia possui um nível de estoques mais saudável.
A XP destaca ainda que, com a Caravana Magalu, espera uma adição de produtos frescos e o início do serviço de fulfillment – que podem ser alavancas para o crescimento da venda de terceiros, diz.
Prejuízo do Magazine Luiza
O Magazine Luiza reportou prejuízo líquido de R$ 161 milhões no primeiro trimestre, revertendo o lucro líquido de R$ 258 milhões do mesmo período do ano passado.
O número ficou acima do esperado pelo consenso de mercado reunido pela Bloomberg, que anotava prejuízo líquido de R$ 189 milhões.
A empresa vem sofrendo com a piora da economia, com a alta da inflação e da taxa básica de juros. A ação do Magazine Luiza já derreteu mais de 80% desde o pico.
Segundo a empresa, o volume de vendas total no primeiro trimestre cresceu 13% na base anual (vs. +22% de AMER e +3% de Via), impulsionada pelo crescimento de 16% do canal digital.
As vendas digitais no período foram fortalecidas pelo 3P (+50%) enquanto o 1P cresceu 3%, impactado positivamente pela consolidação da KaBum!.
“Estimamos que a performance orgânica do 1P (sem KaBum!) teria sido de recuo 13%, enquanto GMV do varejo físico cresceu 6% (vendas mesmas lojas de -3% A/A), se recuperando dos -18% (SSS de -23%) registrados no 4T21”, disse a XP.
Para os analistas da corretora, a desaceleração do 1P e a recuperação do canal físico são parcialmente explicadas pela base de comparação do 1T21.
Repasse de preços
Quanto à rentabilidade, a expansão de margem bruta (+2,7p.p A/A) foi o principal destaque, na avaliação da corretora, beneficiadas pelo repasse de preços e crescimento das receitas de serviços.
A dinâmica levou a empresa a um Ebitda de R$434 milhões, 15% acima do esperado, e uma margem de 5%, estável na base anual.
O Magazine Luiza reportou uma queima de caixa de R$ 3,6bilhões, em linha com a sazonalidade do trimestre, impactada pelo pagamento de R$3,9 bilhões à fornecedores combinados ao pagamento de fusões e aquisições em R$ 500 milhões.
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