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Magazine Luiza (MGLU3) terá mais um resultado no prejuízo? Veja o que esperar

09 nov 2022, 20:00 - atualizado em 09 nov 2022, 17:02
Magazine Luiza varejistas
(Imagem: Money Times/Renan Dantas)

O Magazine Luiza (MGLU3) divulga seus números do terceiro trimestre de 2022 na próxima quinta-feira, após a divulgação.

Os analistas, de maneira geral, esperam mais um prejuízo, apesar de enxergarem melhoras em alguns pontos.

A Genial destaca que o Magalu será a única empresa do setor a reportar um crescimento ─ ainda que tímido ─ no GMV Líquido Total, a R$ 14,1b (alta de 2,7% no ano).

Eles citam dois fatores para a alta:

  • Lojas físicas, com uma inflexão positiva para o canal físico;
  • E-commerce: incorporação de vendas da KaBuM! ─ que está sendo adicionado nos resultados neste ano ─ deve aliviar o ‘sufoco’ (novamente) nessa linha.

“Ao juntar as partes desse quebra-cabeça, o Magalu registrará uma receita líquida bem próxima à neutralidade, a R$ 8,5 bilhões”, discorrem.

Com o salto da inflação no 2º semestre do ano passado, a Genial vê uma “grande quebra de expectativa no escoamento de vendas durante esse período”.

“O Magalu, assim como as outras varejistas do setor, sofreu com a sobre-estocagem nos dois últimos trimestres do ano”, coloca.

Já a “inflação galopante” reduziu substancialmente o fluxo de pessoas para as lojas físicas.

A Genial estima um Ebitda (que mede o resultado operacional) ajustado de R$ 477 milhões (alta de 255,3%) e uma margem Ebitda de 5,6% (+400 bps a/a).

“Apesar de vermos uma recomposição operacional, o alto patamar de juros deve ser o grande vilão para o Magalu ─ as outras duas empresas (Via e Americanas) também não vão escapar desse impacto”, discorre.

O BTG projeta alta de 6% no GMV (volume bruto de mercadorias) online do Magazine Luiza, incluindo a aquisição da KaBuM!. O GMV consolidado deve subir 5% no comparativo anual.

Itaú vê melhora sequencial

Magazine Luiza deve apresentar melhorias sequenciais no balanço do terceiro trimestre de 2022 (3T22), apesar dos ventos contrários, estima o Itaú. No entanto, o varejista deve continuar no território negativo e reportar prejuízo de R$ 119 milhões.

Segundo os analistas, na divisão de lojas físicas, a empresa deve registrar uma queda anual de 4% nas vendas em mesmas lojas (SSS), refletindo o cenário ainda desafiador para bens duráveis.

Apesar de negativo, o eventual resultado representa uma melhora em relação ao segundo trimestre deste ano, quando as vendas cederam 8,2%.

Já no e-commerce, são esperados números estáveis em relação a 2021. Os analistas calculam um volume bruto de mercadorias online (GMV online) a R$ 10,2 bilhões entre julho e setembro deste ano.

Em termos de rentabilidade, o Magazine Luiza deve dar continuidade a melhora gradual, uma vez que a empresa conseguiu repassar a inflação para os preços e controlar as despesas administrativas, de vendas e gerais (SG&A).

Por fim, o Itaú projeta uma margem bruta de 28,7% para o varejista, o que representa uma alta anual de 860 bps e em linha com o trimestre passado. Já a margem Ebitda deve ficar em 5,8%, alta de 1,7 ponto percentual e também estável sequencialmente.

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