Magazine Luiza (MGLU3), Super Quarta e mais: 5 coisas para saber antes de investir no Ibovespa nesta terça (19)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (19) em alta, avançando 0,37%, a 127.427 pontos, por volta das 10h07. Na véspera, o índice fechou em alta com ações da Vale (VALE3) se recuperando das quedas dos últimos pregões e com o mercado ansioso pela Super Quarta.
O dólar subia na manhã desta terça, ganhando ainda mais terreno depois de na véspera ter fechado acima de R$ 5 pela primeira vez em mais de quatro meses, conforme investidores se mostravam cautelosos no primeiro dia de reuniões dos bancos centrais de Brasil e Estados Unidos.
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Day Trade
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Radar do Mercado:
5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa nesta terça (19)
Ibovespa aguarda Super Quarta
Amanhã acontece a Super Quarta, quando as reuniões do Banco Central brasileiro e do Federal Reserve acontecem no mesmo dia.
O analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, aponta que os investidores mantêm uma postura de cautela, aguardando as decisões sobre a política monetária.
Ele destaca que é esperado um corte de 50 pontos-base nos juros amanhã, mas há incertezas sobre a manutenção do forward guidance.
“Acredito que, independentemente das mudanças na orientação futura, dados econômicos até junho podem justificar um corte adicional de 50 pontos, além dos previstos para março e maio. No entanto, o mercado está cada vez mais inclinado a acreditar numa desaceleração do ciclo de flexibilização para 25 pontos-base de corte em junho”, pondera.
Magazine Luiza (MGLU3) registra lucro líquido de R$ 212,2 milhões no 4T23
O Magazine Luiza (MGLU3) registrou no quarto trimestre do ano passado um lucro líquido de R$ 212,2 milhões. Com isso, a companhia reverteu a baixa de R$ 35,9 milhões, apontada no mesmo período de 2022.
O lucro líquido pós-ajustes ficou em R$ 101,5 milhões, contra perdas de R$ 15,2 milhões um ano antes.
O analista Fernando Siqueira, da Guide Investimentos, aponta que os números apresentados ficaram um pouco abaixo do esperado, com contração nas vendas no e-commerce. Dessa maneira, espera uma reação negativa.
“Apesar das vendas fracas, a rentabilidade apresentou leve melhora no 4t23, o que deve evitar uma reação negativa aos resultados”, pondera.
Braskem (BRKM5) apresenta prejuízo de R$ 1,5 bilhões no 4T23
A Braskem (BRKM5) teve prejuízo líquido de R$ 1,575 bilhão no quarto trimestre de 2023 (4T23), marcando queda de 8% na base anual, conforme mostra documento enviado ao mercado na madrugada desta terça-feira (19).
Já o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente chegou a R$ 1,049 bilhão, marcando alta de 13% ante o trimestre anterior.
A petroquímica explica que o avanço foi motivado principalmente pela priorização de vendas com maior valor agregado e otimização do mix vendas.
Para Mateus Haag, analista da Guide, o impacto dos números apresentados pela empresa são marginalmente positivos. “A companhia segue sendo negativamente impactada pelo mau cenário econômico do setor petroquímico. Apesar das dificuldades, a companhia conseguiu entregar Ebtida acima das estimativas de mercado”, explica.
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Projeções de inflação seguem subindo antes do Copom
Os economistas ouvidos pelo Banco Central continuam elevando as projeções de inflação para este ano. Segundo o Relatório Focus, as expectativas de alta nos preços para 2024 passaram de 3,77% para 3,79%.
Já para 2025, a projeção do índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também foi reajustada, passando de 3,51% para 3,52%. Os demais anos permanecem as mesmas projeções de 3,50%.
Vale lembrar que a previsão de inflação dentro do teto da meta: as metas de inflação para 2024 e 2025 são de 3% conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Já a Selic deve encerrar o ano em 9%. Para 2025, 2026 e 2027, a projeção é de que a taxa básica de juros se mantenha em 8,50% ao ano. Amanhã, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve anunciar mais um corte de 0,50 ponto percentual nos juros, passando a Selic de 11,25% para 10,75%.
Banco do Japão eleva juros pela primeira vez em 17 anos
O mercado amanhece com uma notícia e tanto: o Banco do Japão (BoJ) elevou a sua taxa de juros pela primeira vez em 17 anos, encerrando a sua política de taxa negativa.
A autoridade monetária, que enfrentou a pandemia e os seus efeitos inflacionários sem mexer na sua política, aumentou os juros de -0,1% para uma faixa de 0% a 0,1%. Até então, o seu último aumento foi em 2007.
Apesar a alta, o BoJ segue um perfil ultra flexível. Tanto que o presidente do banco central, Kazuo Ueda, reforçou que as condições monetárias permanecerão acomodatícias.
Além disso, a Capital Economics avalia que, apesar dos aumentos salariais neste ano, o reajuste nas empresas menores não deverá ser tão forte, o que libera o BoJ de realizar um aperto monetário muito forte.
“Com o crescimento salarial atingindo o pico neste ano, ainda esperamos que a inflação caia abaixo da meta até ao fim de 2024 e que o BoJ não sinta necessidade de aumentar ainda mais a sua taxa”, diz em relatório, divulgado pelo BDM.