Coluna Giro do Mercado

Magazine Luiza (MGLU3) pode ser a próxima Americanas (AMER3)?

18 nov 2023, 9:00 - atualizado em 18 nov 2023, 9:09
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Imagem ilustrativa

Com a última semana de resultados do 3º trimestre vieram também algumas “surpresas”. Entre elas, incorreções contábeis de Magazine Luiza (MGLU3) no valor de R$ 830 milhões, que acenderam o alerta do investidor e o fez pensar na fraude de Americanas (AMER3). Magazine Luiza pode ser a próxima Americanas?

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Mas o fato é que nem as preocupações da última semana e nem o feriado foram capazes de tirar a empolgação dos investidores com os ativos de risco. O Ibovespa (IBOV) alcançou seu melhor patamar em 2 anos animando quem aposta em um rali de final de ano.

De Brasília notícias positivas sobre a manutenção da meta de déficit zero para o ano que vem, dos Estados Unidos indicadores econômicos abaixo do esperado mostraram a confiança do mercado na manutenção da taxa de juros por lá no patamar entre 5,25% e 5,50%. Praticamente ninguém acredita em uma nova alta na decisão de dezembro.

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Ótima leitura e excelente fim de semana!
Paula Comassetto
Giro do Mercado

Magazine Luiza (MGLU3) pode ser a próxima Americanas (AMER3)?

A temporada de resultados tende a impactar diretamente no movimento das ações de empresas listadas na bolsa brasileira. Esta semana foi a vez do Magazine Luiza (MGLU3), que divulgou um lucro líquido de R$ 331,2 milhões devido à “ajudinha” de créditos tributários.

Mas, apesar do balanço positivo, foi outra notícia que roubou os holofotes em torno da companhia: as incorreções contábeis no valor de R$ 830 milhões descobertas a partir de uma denúncia anônima no começo do ano.

Segundo explica o analista Fernando Ferrer, “basicamente, a denúncia dizia que havia uma inconsistência na contabilização envolvendo três fornecedores. Por exemplo, vamos supor que a companhia comprasse seis geladeiras, a um custo de R$ 3 mil por unidade. Se ela conseguisse vender 100, 150 unidades, o custo sairia a R$ 2800. Então, existia um bônus atrelado à performance das vendas, se a empresa conseguisse vender mais do que planejado previamente”.

“O que aconteceu, na verdade não é de hoje. Desde 2022 e ao longo de 2023, a companhia estava antecipando o reconhecimento desse bônus e estava registrando antes dessas metas serem efetivamente cumpridas. Quando acontece isso, você infla todo o resultado da companhia, infla o lucro e, inclusive, o patrimônio líquido”.

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Onda de calor pode ser gatilho para ação que já subiu 1000% em 10 anos

A onda de calor que tem atormentado boa parte das cidades brasileiras nos últimos dias, apesar de preocupante do ponto de vista ambiental, pode trazer alguns “refrescos” aos investidores do setor elétrico.

O analista da Empiricus Research, Ruy Hungria, participou do Giro do Mercado desta quinta-feira (16) para explicar por que algumas empresas, principalmente as termelétricas, são beneficiadas pelo aumento da temperatura.

Segundo o analista, as altas temperaturas, unidas aos ar-condicionados ligados no máximo, trouxeram uma demanda de energia não vista há muito tempo, com um aumento de 30% a 40% nos últimos dias.

Ruy explica que quando as hidrelétricas e outras fontes de geração não conseguem suprir as necessidades do sistema de energia, as termelétricas são chamadas para entrar em campo.

Entre elas, Ruy destacou sua companhia preferida para o setor. Suas ações já subiram 1000% em 10 anos e ainda tem espaço para continuar entregando retorno aos acionistas, se a demanda continuar em altos patamares.

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Brasil tem maior seca de IPOs em 25 anos; últimas aberturas não batem Ibovespa

Há dois anos nenhuma empresa abriu capital na Bolsa de Valores do Brasil. Esta é a mais longa ausência de Ofertas Públicas Iniciais (IPOs) no país desde os anos de 1997 e 1998.

Fernando Ferrer, analista da Empiricus Research, oferece uma perspectiva sobre essa tendência: “As empresas até estão interessadas, mas os investidores estão mais receosos”.

Ele acrescenta que a era do juro zero acabou.

“Com os juros muito baixos, você como investidor procura tomar mais risco. Por isso vieram muitas empresas para a bolsa. Muitas delas vemos que não fazia nem sentido ir para a bolsa, mas os juros estavam a 2%”.

O analista também observa um contraste marcante com o ano de 2021, quando 41 ofertas foram realizadas, mas apenas 9 tiveram desempenho positivo, todas ficando atrás do Ibovespa.

Ferrer conclui que muitos IPOs foram realizados por empresas visando arrecadar bilhões naquele momento, com expectativas de lucro futuro, uma estratégia que agora se mostra questionável diante das circunstâncias econômicas atuais.

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Até a semana que vem!

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