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Magazine Luiza (MGLU3): Pior performance do Ibovespa na semana, o que fazer com as ações?

09 set 2023, 16:29 - atualizado em 09 set 2023, 18:04
Magazine Luiza
Magazine Luiza é destaque de queda do Ibovespa na semana (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

O Magazine Luiza (MGLU3) teve a pior performance do Ibovespa na semana, com recuo acumulado de mais de 12% nos últimos pregões.

As ações da varejista repercutiram o desempenho fraco da Bolsa brasileira, que teve que enfrentar uma semana de menor liquidez devido ao feriado da Independência do Brasil.

O que parece, no entanto, é que o mercado está cauteloso em relação aos papéis, após meses de performance fraca.

No fim do mês passado, a S&P Global Ratings cortou a nota de crédito nacional do Magazine Luiza (MGLU3), de “brAA+” para “brAA-”, avaliando que a desalavancagem da companhia deve durar mais que o esperado.

O Magazine Luiza também saiu da carteira mensal da Empiricus Research, após dois meses entregando resultados aquém do esperado.

O analista Fernando Ferrer explicou ao Giro do Mercado que a saída de Magazine Luiza se deu por conta de um contexto competitivo ainda desafiador para a companhia.

Ferrer acredita que a recuperação da varejista pode demorar um pouco mais para acontecer, embora entenda que a empresa deve entregar um desempenho melhor daqui para frente.

Por outro lado, dentro de um prazo mais curto, a Empiricus entende que o Mercado Livre (MELI34) pode andar melhor.

  • De olho no curto prazo, a Empiricus Research excluiu as ações do Magazine Luiza de sua carteira mensal. No lugar, a casa de análise optou por incluir a rival que engata movimento contrário à fase ruim de muitos players do setor de varejo. Saiba mais aqui.

Recentemente, o Itaú BBA cortou o preço-alvo da ação, a R$ 3 ao fim de 2024, considerando um curto prazo mais desafiador, que impede que o banco fique mais otimista com a ação a ponto de mudar a recomendação para “compra”.

Além da recomendação “neutra” reiterada, o preço-alvo caiu de R$ 3,20 ao fim de 2023 para R$ 3 esperado em 2024.

O cenário macroeconômico atual, com juros ainda elevados e um poder de compra do consumidor corroído, segue afetando a dinâmica do setor, levanta o BBA.

O BBA entende que a ação está “significativamente alavancada” e pode se beneficiar com o cenário de queda da Selic. No entanto, o banco considera que é cedo demais para adotar uma visão mais otimista no curto prazo.

“Ainda optamos por adotar uma postura cautelosa em nossas projeções de crescimento”, completa a instituição.