Magazine Luiza (MGLU3) parou de queimar caixa no 2T22; sinal de dias melhores? XP tem a resposta

O Magazine Luiza (MGLU3) reportou, como o esperado, mais um prejuízo. Porém, a cifra de R$ 130 milhões ficou acima do que analistas projetavam.

A XP Investimentos, em relatório publicado nesta quinta-feira (12), classificou os resultados como fracos, mas chamou atenção para um ponto: a empresa parou de queimar de caixa.

Os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt lembram que a varejista conseguiu entregar geração de caixa positiva de R$ 1 bilhão (enquanto seus concorrentes comparáveis registraram queima de caixa) impulsionada pela redução de estoques e recebíveis.

Olhando para rentabilidade, a margem bruta subiu três pontos percentuais na comparação anual e 0,9 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, impactada positivamente pelo repasse de inflação de custos para preços e maiores receitas de serviços, embora o Ebitda ajustado tenha ficado estável.

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Por outro lado, o GMV (volume bruto de mercadoria) cresceu 1%, com queda nas vendas do estoque próprio (1P, sendo -7%, apesar do efeito positivo da consolidação de Kabum), compensada pelo desempenho dos estoque de terceiros (3P), que apresentaram crescimento de 22%.

“Nós estimamos uma queda orgânica de 19% para o 1P, enquanto o canal físico se manteve estável (vendas mesmas lojas caindo 8%), fato que acreditamos ser explicado pelo cenário macroeconômico desafiador, que impactou o poder de compra dos consumidores e o apetite por financiamento”, afirmam.

Mas isso é suficiente? Segundo a XP, não. A corretora reafirmou a recomendação neutra para o Magazine Luiza citando o cenário macroeconômico desafiador e ambiente competitivo acirrado.

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“Olhando para frente, a empresa parece otimista com a dinâmica do segundo semestre com a Copa do Mundo, Black Friday e 5G, enquanto o lançamento das operações de fulfillment e entrega de produtos mais pesados por meio do 3P deverá também contribuir para o crescimento do GMV”, completa.

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