Magazine Luiza (MGLU3) no prejuízo: varejista amargará 3º resultado seguido no vermelho? Veja o que esperar
Após o quarto trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022 no vermelho, o Magazine Luiza (MGLU3) deverá ter mais um resultado trimestre no prejuízo, indica prévia de corretoras e bancos.
A varejista divulga seus números na próxima quinta-feira (11) após o fechamento.
De acordo com a XP Investimento, os resultados permaneçam fracos para o Magalu, dado que o cenário macro continua sendo um desafio para a demanda de eletrônicos/bens duráveis, que ainda são a grande parte de sey GMV (valor bruta de vendas).
A XP espera que o GMV total cresça 3% no ano, com o canal online em 4% (1P caindo -5% e 3P crescendo +25%), enquanto as lojas físicas devem apresentar vendas mesmas lojas negativas, com queda de 4%.
“Quanto a rentabilidade, a margem bruta cresça 2,7 pontos percentuais, com a companhia otimizando os subsídios comerciais e implementando aumento de preços, enquanto o Ebitda deve permanecer estável por conta da menor alavancagem operacional do canal físico”, afirma.
Dessa forma, a corretora prevê prejuízo de R$ 128 milhões para a companhia.
Por fim, a XP destaca que a empresa deve reportar uma geração de caixa positiva no trimestre, beneficiada pela antecipação do pagamento à fornecedores.
Já a Genial Investimentos prevê prejuízo de R$ 139 milhões para o Magazine Luiza.
Apesar disso, a corretora vê um movimento inicial de recomposição de margens.
“Com um menor volume de compras de estoques, aliada a prazos mais longos de pagamento de fornecedores, o alívio no capital de giro deve auxiliar a varejista a reportar um trimestre com geração de caixa, porém, as pressões no Ebitda ainda fazem com que a Magalu não reverta o prejuízo do 1T22“.
Em relação ao indicador de vendas das mesmas lojas físicas, a Genial avalia que deverá continuar negativo para Magazine Luiza em 4%, com um crescimento já esperado de 3,4% em volume bruto de mercadorias (GVM) de lojas físicas.
O Safra estima prejuízo de R$ 104 milhões. Os analistas esperam que a receita líquida do Magalu atinja a marca de R$ 8,7 bilhões, implicando uma redução anual de 4%, devido a vendas diretas mais baixas e lojas físicas.
Na visão da instituição, a demanda mais fraca por eletrodomésticos e eletrônicos ofusca a projeção de avanço anual de 22% no marketplace, que tem uma gama mais ampla de produtos.
O banco espera uma melhora de 0,5 ponto percentual na margem Ebitda, para 5,5% no trimestre, à medida que “a empresa ajustou preços, estoques e colocou foco na rentabilidade”.
Por fim, o BTG Pactual espera ver crescimento de 8% no GMV online no comparativo anual, além de um avanço de 7% ano a ano no GMV consolidado.
Os analistas também projetam um prejuízo de R$ 105 milhões no período, contra um lucro de R$ 96 milhões no segundo trimestre de 2021.