Magazine Luiza (MGLU3) merece o benefício da dúvida? BBA ainda vê obstáculos para varejista; entenda
O Itaú BBA retomou a cobertura do Magazine Luiza (MGLU3) com classificação de “market perform” (desempenho esperado em linha com a média do mercado) e preço justo para 2023 de R$ 3,20.
Segundo o BBA, incertezas macroeconômicas tornam o cenário de demanda ainda desafiador para o varejista. De acordo com a casa, os contínuos ventos contrários do lado macro criaram um ambiente desafiador para bens duráveis. O BBA estima que este movimento perdurará em 2023.
Do lado positivo, a casa enxerga o Magalu bem posicionado para aumentar a participação em dois segmentos enquanto ganha rentabilidade. São eles: lojas físicas e 1P (venda para marketplace) das categorias de bens duráveis.
O BBA avalia que esses canais de venda podem alavancar em um ambiente competitivo mais confortável e estima que eles serão o foco dos investidores no curto prazo, “uma vez que esses canais devem ser os principais impulsionadores da recuperação da rentabilidade e geração de caixa”.
“A sólida execução do Magazine Luiza em 1P e lojas físicas, bem como o bom relacionamento da empresa com fornecedores, coloca a empresa em uma boa posição para acelerar os ganhos de market share nesses canais enquanto impulsiona ganhos de rentabilidade”, avalia.
2023, o ano do Magalu?
O BBA diz que as perspectivas para o cenário macro ainda estão cheias de incertezas para o ano que vem. Além disso, a casa destaca que uma queda nas taxas de juros pode demorar mais do que o esperado para se concretizar.
Por outro lado, ainda segundo o BBA, o setor de varejo enfrenta uma base de comparação fácil, da qual já começa a se beneficiar.
Em geral, o BBA diz que incorporou em seus números as bases de comparação mais fáceis para 2023. Ainda assim, não encontrou pontos para justificar uma postura mais otimista.
Em relação às vendas online, as incertezas sobre o cenário macro impedem uma leitura mais positiva por parte do BBA, que revisou para baixo suas estimativas para GMV (volume bruto de mercadorias) online em 19% e 25% para 2022 e 2023, respectivamente, a R$ 40,8 bilhões e R$ 47,8 bilhões.
Ainda assim, o BBA acredita que o Magazine Luiza está bem posicionado na corrida pela consolidação do e-commerce brasileiro.
“Projetamos um leve ganho de market share, a 18%, para a empresa em 2023”, completa.