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Magazine Luiza (MGLU3): Melhor deixar ação em modo de espera, avalia UBS BB; entenda

11 dez 2022, 12:20 - atualizado em 11 dez 2022, 12:20
Ações de varejo
O UBS BB lançou um novo preço-alvo para a ação do Magazine Luiza, de R$ 3,50 (ante R$ 3,20 anteriormente) (Imagem: Shutterstock)

O UBS BB segue cauteloso com a tese de investimento do Magazine Luiza (MGLU3). Apesar da melhora nas receitas devido à demanda criada pela Copa do Mundo, analistas da instituição continuam vendo um cenário de curto prazo desafiador para o varejista, com as taxas de juros ainda elevadas pressionando a demanda por itens de maior ticket.

“Embora a gente espere margens operacionais melhores à frente de maiores custos de eficiência e atividade promocional menos intensa, custos de financiamento crescentes devem continuar pesando na rentabilidade”, avaliam Vinicius Strano, Rodrigo Alcantara e Igor Spricigo, em relatório publicado na última quinta-feira (8).

O UBS BB atualizou algumas estimativas, incluindo crescimento de GMV (volume total de mercadorias) online de 9% em 2022, implicando um market share (participação de mercado) de 16,8% ao Magalu.

A instituição estima um crescimento mais limitado para a primeira linha do balanço, além de um GMV menor em 10-12% entre 2023-26.

“Adicionalmente, custos de financiamento podem mitigar melhores margens operacionais, seguidos de melhores custos de eficiência, e levar a uma ampliação de prejuízos líquidos em 2o22 e 2023”, acrescentam os analistas.

Apesar disso, o UBS BB lançou um novo preço-alvo para a ação do Magazine Luiza, de R$ 3,50 (ante R$ 3,20 anteriormente). A recomendação segue “neutra”, uma vez que os analistas ainda enxergam tendências fracas para a primeira linha do balanço nos próximos trimestres.

Para 2022, o UBS BB estima alta nas vendas totais online no Brasil de 8% em comparação com o mesmo período do ano passado, a R$ 259 bilhões, mas muito por conta de Mercado Livre e Shopee. Durante a Black Friday, o e-commerce, excluindo Mercado Livre e Shopee, caiu 23% no comparativo anual, de acordo com a Neotrust, com desempenho negativo nas categorias de smartphones e outros eletrônicos, apesar de melhores tendências para TVs por conta da Copa do Mundo.