Mercados

Magazine Luiza (MGLU3): Lu ri alto com forcinha de Campos Neto; ação dispara 23%

07 nov 2023, 18:06 - atualizado em 07 nov 2023, 18:17
Magazine Luiza
Sorrisos largos: Magazine Luiza volta a brilhar após alívio da perspectiva dos juros

O Magazine Luiza (MGLU3) virou foguete e fechou em alta de 23%. Ao se considerar as três últimas sessões, o desempenho é ainda mais meteórico, com salto de 34,84%.

Tudo começou na última quarta, quando o Federal Reserve, o banco central americano, manteve os juros na faixa de 5,25% a 5,5%, além de adotar discurso mais brando.

Isso se somou aos dados do desemprego americano, mais fracos do que esperado. E, para fechar, Roberto Campos do Neto, o presidente do BC aqui no Brasil, sinalizou mais dois cortes de 0,5 ponto na Selic.

“Esses fatores são positivos para os ativos cíclicos, que dependem da maior disponibilidade de renda da população e crédito mais barato, considerando a natureza intensiva de capital de empresas como as varejistas”, explica o analista Luis Novaes, da Terra Investimentos.

A fala veio durante a sua apresentação no evento “Fórum de Estratégias de Investimentos”, realizado pelo Bradesco Asset Management. Campos Neto apresentou os cenários de inflações internacionais e nacionais que podem impactar a economia para 2024.

“O Campos Neto deu essa declaração que deve haver mais dois cortes de 0,5 ponto nos juros, isso está fazendo a curva de juros futuro ficar bem mais suave, e o mercado procura empresas que mais se beneficiam de um corte de juros maior do que o mercado estava prevendo, como companhias de consumo e endividadas, e Magazine está entre esse grupo”, explica Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos.

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É hora de comprar Magazine Luiza?

Para Novaes, o Magazine Luiza, assim como outros ativos que se desvalorizaram muito nos últimos anos em razão do aperto monetário, podem ser considerados em uma composição de portfólio, atuando como uma parcela de risco.

“Os setores cíclicos devem seguir pressionados e apresentando resultados fracos, mas acreditamos numa melhora dos ativos, gradualmente, com a queda dos juros básicos, o que deve ser refletido em seus respectivos valores de mercado”, explica,

Já Cunha lembra que uma alta de 15%, 20%, num papel que custa 1 real, em termos proporcionais é bastante, mas em termos numéricos, nominais, nem é tanto.

“Então Casas Bahia e Magazine Luiza passou a ter uma volatilidade absurda quando chega nessa casa perto de 1 real, então qualquer alta é 10, 20%”, conclui.

Na visão do analista Matheus Soares, do Market Makers, o setor de varejo é difícil, marcado por forte concorrência do Mercado Livre, que tem investido pesado no Brasil (assista ao vídeo completo aqui). “É um cenário tão difícil que preferimos outras empresas”, discorre.

Segundo o consenso da Reuters, de 13 casas, o papel tem três recomendação de compra, nove de manter e uma de venda, com preço-alvo médio de R$ 3,86.

O que esperar dos resultados?

A expectativa da XP Investimentos é de resultados mistos, com fraco desempenho de faturamento, mas melhora nas margens.

Itaú BBA estima movimento parecido, com a receita líquida provavelmente contraindo 1,1% no comparativo anual, a R$ 8,7 bilhões, enquanto a margem bruta deve subir para 28,8%.

Tanto a XP quanto o BBA estimam mais um trimestre de prejuízo, com perdas esperadas de R$ 187 milhões e R$ 176 milhões, respectivamente.

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