Magazine Luiza (MGLU3): JP Morgan rebaixa varejista para venda; o que preocupa analistas?

O JP Morgan rebaixou a sua classificação para o Magazine Luiza (MGLU3) de neutra para underweight, equivalente à venda, com preço-alvo de R$ 7,50, ante R$ 11,50 anteriormente. O banco está posicionado no varejo de maneira a evitar nomes altamente alavancados, considerando as perspectivas macroeconômicas no Brasil que contribuem para alta volatilidade no setor.
Vale lembrar que no dia 19 de março ocorre a divulgação de mais uma decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Para esta reunião, está contratada desde o fim de 2024 mais uma alta de 1 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), que deve chegar a 14,25%.
- VEJA TAMBÉM: cobertura completa da temporada de balanços – Saiba o que esperar do mercado e como se posicionar
O setor varejista é notavelmente sensível aos juros altos, dessa maneira, o atual momento é desfavorável e, no caso do Magalu, a equipe de analistas liderada por Joseph Giordano vê uma empresa altamente alavancada, com risco de queda significativo do lucro por ação em meio a um ambiente desafiador, somado à competição acirrada no e-commerce.
O JP Morgan vê outros nomes do setor superando materialmente o crescimento do Magalu. Os analistas cortam o lucro por ação estimado para 2025 e 2026 em cerca de 75%/55%, respectivamente, reduzindo o preço-alvo para dezembro de 2025 para R$ 7,50, tendo em vista um potencial de alta limitado. No último fechamento, MGLU3 encerrou o dia cotada a R$ 7,28.
Os analistas ponderam que o varejo online ainda é muito pouco penetrado no Brasil, o que deve melhorar no futuro, permitindo que nomes como o Magazine Luiza capturem o crescimento robusto do setor nos próximos anos antes de uma grande consolidação da indústria.
“Ainda assim, macro difícil e consumidores pressionados devem ser ventos contrários relevantes para a demanda por itens duráveis de alto valor”, colocam.