Magazine Luiza (MGLU3): Itaú BBA vê 2024 como ano de colher frutos; o que fazer com a ação?
O Itaú BBA vê 2024 como um ano de colheita dos frutos para o Magazine Luiza (MGLU3). A casa atualizou as estimativas para a varejista, incorporando os resultados mais recentes, o cenário macroeconômico e as premissas de custo de capital próprio.
Thiago Macruz e equipe, que assinam o relatório, esperam que a empresa sustente as tendências de melhoria da rentabilidade observadas nos últimos trimestres.
O ano passado foi apontado como de reajuste operacional para o Magalu, que enfrenta um período difícil desde a elevação da Selic, tendo em vista a exposição do setor às flutuações da curva de juros.
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A equipe do BBA aponta que o aumento substancial das taxas de juros e a fraca demanda por bens duráveis fizeram com que o Magazine Luiza mudasse seu foco para a rentabilidade das operações em 2023.
“Prevemos melhores tendências descendentes para o consumo (especialmente para categorias cíclicas), alavancando o cenário macro mais benigno (inflação controlada, mercado de trabalho saudável e taxas de juro em queda numa base anual) e a recuperação gradual do ciclo de crédito”.
O que fazer com as ações do Magazine Luiza?
Apesar da visão mais construtiva sobre o Magazine Luiza, faltam garantias de avaliação para apoiar uma posição mais otimista em relação ao nome, por enquanto, diz o BBA.
Dessa maneira, a casa mantém a classificação market perform (equivalente à neutra) para a ação, que está sendo negociada a 16x P/E 25, e definiram um novo preço-alvo para o ano de 2024 de R$ 15/ação, o que implica um potencial de valorização de 18%.
“Reconhecemos que pode haver risco de alta para nossas estimativas no caso de tendências de receita melhores do que o previsto (potencialmente levando a maiores ganhos de alavancagem operacional). Dito isto, vamos ficar à margem por enquanto”.
O BBA espera uma aceleração modesta no crescimento do GMV (volume bruto de mercadoria), tanto online quanto offline, para o restante de 2024, resultando em crescimento da receita líquida de 6,5% ao ano, acompanhado por um ganho de margem impulsionado pela alavancagem operacional.
Ainda, projetam uma margem Ebtida (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 7,7% para 2024, aumento de 190 bps em relação ao ano anterior.
“O Magazine Luiza superou nossas estimativas de rentabilidade nos últimos trimestres, mas o faturamento ainda ficou aquém das nossas expectativas, o que nos levou a adotar uma postura ainda cautelosa em nosso crescimento de faturamento previsto para agora”.