Magazine Luiza (MGLU3) fecha 4T21 com prejuízo de R$ 79 milhões
O Magazine Luiza (MGLU3) teve prejuízo líquido ajustado de R$ 79 milhões no quarto trimestre de 2021, de acordo com o relatório divulgado pela companhia nesta segunda-feira (14). O resultado representa uma reversão ao lucro de R$ 232,1 milhões reportado em igual período de 2020.
O prejuízo também veio pior que o esperado para analistas do mercado. O Itaú BBA projeta baixa de R$ 54 milhões, enquanto a XP Investimentos calculava montante negativo de R$ 58 milhões. O Bradesco BBI estava mais otimista, projetando um prejuízo de R$ 21 milhões.
Hoje, as ações do varejista foram o destaque negativo do Ibovespa. A companhia recuou mais de 6% na Bolsa, com os investidores pressagiando números ruins por parte da empresa.
Sem considerar os ajustes, a companhia apresentou lucro líquido ajustado de R$ 93 milhões.
No acumulado do ano, o lucro totalizou R$ 114,2 milhões, representando uma queda de quase 70% sobre 2020.
A receita líquida da companhia contraiu 6,6% no quarto trimestre, totalizando R$ 9,4 bilhões, apesar do avanço de 4,1% nas vendas totais, que incluem as operações do marketplace.
Mesmo com o aumento da inflação e da taxa de juros, impactando diretamente as categorias de bens duráveis, as vendas da companhia somaram R$ 15,5 bilhões no trimestre.
No acumulado, as vendas totais cresceram 27,8%, para R$ 55,6 bilhões, reflexo do aumento de 39,4% no e-commerce (sobre um crescimento de 130,7% em 2020) e um crescimento de 5,8% nas lojas físicas.
O avanço das vendas levou a um crescimento de 20,9% na receita líquida de 2021, a R$ 35,2 bilhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado encolheu mais de 50% nos últimos três meses do ano passado, a R$ 243,5 milhões. A margem recuou 2,6 pontos percentuais e atingiu 2,6%.
No ano, o Magazine Luiza registrou Ebitda ajustado de R$ 1,4 bilhão, recuo de 1,9% sobre 2020. A margem caiu para 4,2%, reflexo da diminuição da margem bruta e do aumento das despesas em relação à receita líquida.
Ao fim do quarto trimestre, o varejista registrava 1.481 lojas em seu portfólio. Em relação a 2020, foram abertas 180 novas unidades.