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Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) vão, finalmente, sair do prejuízo no 4T22?

23 jan 2023, 16:46 - atualizado em 23 jan 2023, 16:46
Magazine Luiza
Magazine Luiza e Via não devem reverter prejuízo no 4T22 (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Se alguém esperava que Magazine Luiza (MGLU3) e Via Varejo (VIIA3), finalmente, reportassem lucro no quatro trimestre de 2022 (4T22), as notícias não são animadoras. Segundo projeções do BTG Pactual, as varejistas devem — mais uma vez — ter prejuízos de R$ 91 milhões e R$ 113 milhões, respectivamente.

Apesar de algumas melhorias, o setor inteiro de e-commerce deve sentir o baque. Enjoei (ENJU3) e Westwing (WEST3), inclusive, devem reportar prejuízos de R$ 8 milhões e R$ 4 milhões.

De acordo com Luiz Guanais e equipe do BTG, no setor, as preocupações e a volatilidade permanecem semelhantes aos trimestres anteriores, e os resultados recentes sustentaram o viés negativo no segmento no curto prazo, apesar de uma melhoria na margem.

Os analistas esperam que o volume bruto de mercadorias (GMV) online combinado do setor cresça 7% no ano. Para Magazine Luiza, a expectativa é de alta de 15% no GVM — adição de R$ 1,6
bilhão. Já a Via deve ter queda de 4% no volume.

Veja as projeções para Magazine Luiza, Via e outras empresas de e-commerce:

Guanais e equipe veem uma “tendência secular de crescimento” para o e-commerce brasileiro nos próximos anos e com GMV e participação nas vendas do varejo muito maior do que os níveis pré-pandemia, ao contrário de mercados mais maduros.

No entanto, destacam que, para preservar o caixa em meio a um cenário incerto, empresas como Via e Westwing já reduziram os investimentos para melhorar a rentabilidade, o que é uma tendência para o curto e médio prazo.

Empresa Receita Líquida (R$ mi) Ebitda (R$ mi) Margem Ebitda Lucro Líquido (R$ mi) Margem Líquida
Magazine Luiza 10.420 610 5,9% -91 -0,9%
Via 8.343 482 5,8% -113 -1,4%
Westwing 80 -5 -6,5% -4 -4,5
Enjoei 34 -9 -27,3% -8 -24,5

O que esperar do varejo no 4T22?

Os analistas do BTG afirmam que o cenário macro instável dá o tom de um trimestre desafiador para o varejo.

“Se aprendemos alguma coisa com as recessões passadas, é que elas expõem as fraquezas existentes, aceleram as tendências emergentes e forçam as organizações a fazer mudanças estruturais mais rapidamente do que o planejado. Isso ocorre principalmente no varejo”, afirmam.

Guanais e equipe afirmam que, apesar de todos os esforços, as empresas continuam altamente correlacionadas com o cenário macro. Após um “sólido segundo trimestre para a maioria das varejistas brasileiras e números decentes no terceiro trimestre, as coisas pioraram no final de 2022”.

De acordo com eles, a inflação corroeu o poder de compra e o endividamento das famílias continua a crescer, o que deve pressionar o setor.

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