Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) são os que mais ganham com redução do IPI, diz XP
Na última sexta-feira (25), o Governo Federal anunciou a redução do IPI (Imposto de Produtos Industrializados). O objetivo é aquecer a economia e gerar empregos. A alíquota foi reduzida entre 18,5% a 25%.
De acordo com o Ministro da Economia Paulo Guedes, esse corte deve ser apenas o início de um processo gradual de redução desse tributo.
Para a XP, essa redução beneficiará os produtos de linha branca e eletrônicos, com o corte variando entre 5% e 35%, além de cosméticos, entre 0% e 42%.
Dessa forma, empresas do segmento de e-commerce, principalmente Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3), e Natura (NTCO3) são as mais beneficiadas com a redução.
“Nós vemos essas três companhias como as principais beneficiárias da medida, uma vez que isso deve levar a menores custos, o que nós acreditamos que deve ser repassado completamente para os preços finais para aumentar a demanda ou ser parcialmente incorporado nas margens”, dizem os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt, em relatório divulgado nesta quarta (2).
As ações do Magazine Luiza responderam bem à decisão. Os papéis saltaram quase 5%, a R$ 6,30.
Outra empresa que deve se beneficiar é a Alpargatas (ALPA4), dado que suas principais matérias-primas (borracha sintética e butadieno) estão sujeitas ao IPI, recordam os analistas.
O varejo alimentar e as farmácias podem ser positivamente impactados por menores preços em parte do seu mix de vendas e um poder de compra mais preservado.
Quem é mais prejudicado?
Apesar de ser considerada uma boa notícia para a economia, a redução do IPI deverá prejudicar outras empresas, como Vivara (VIVA3) e Multilaser (MLAS3).
“Nós destacamos que companhias que eram isentas em pagar o IPI (Zona Franca de Manaus) podem ser negativamente afetadas pela medida, dado que isso deve reduzir seus benefícios fiscais e, consequentemente, sua competitividade”, lembram os analistas.
Mesmo assim, Guedes já reforçou que o governo está preocupado em não prejudicar a região enquanto as companhias que possuem operações lá devem buscar alternativas para proteger sua competitividade.
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