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Magazine Luiza e Via ampliam ganhos do último pregão; MGLU3 sobe 10% e VIIA3 avança 13%

15 ago 2022, 15:24 - atualizado em 15 ago 2022, 15:25
ações
Ações do Magazine Luiza e da rival Via saltam nesta segunda-feira (15), ampliando a forte valorização do fechamento anterior (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) disparam nesta segunda-feira (15), estendendo os ganhos expressivos do último pregão.

Os papéis do Magalu saltavam 10,34% por volta das 15h20, em dia movimentado por ativos de maior exposição doméstica e negativo para as empresas de commodities. No mesmo horário, as ações da dona das Casas Bahia e Ponto registravam ganhos de 13,52%.

Ambas as companhias divulgaram seus resultados na quinta passada. Enquanto a Via surpreendeu de maneira positiva o mercado ao registrar lucro de R$ 6 milhões no segundo trimestre do ano, o Magazine Luiza apresentou seu terceiro prejuízo consecutivo.

Para analistas, os números do segundo trimestre mostraram que o Magazine Luiza continua sofrendo com os ventos contrários do setor, com a fraca demanda abalando o volume bruto de mercadorias (GMV) e as altas taxas de juros impactando negativamente tanto o GMV quanto o lucro (custos de financiamento). Mesmo assim, o Magazine Luiza disparou 17,76% na sexta.

A Ativa Investimentos recentemente elevou a recomendação do varejista para “compra”, com preço-alvo de R$ 6,20.

Apesar do curto prazo ainda reservar desafios, a corretora está confiante com a estratégia do varejista de ampliar sua oferta de produtos de cauda longa no marketplace, reduzindo gradativamente a dependência da demanda por bens duráveis, segmento altamente penalizado no cenário atual de inflação e juros elevados.

Além disso, a Ativa enxerga a ação do Magazine Luiza muito descontada.

“Acreditamos que o valuation atual da companhia está muito descontado pelo cenário de alta de juros atual e que há uma grande distorção no preço de tela atual”, avalia.

A Via registrou alta de quase 14% no fechamento anterior. A empresa surpreendeu ao reportar lucro quando o mercado esperava por um prejuízo.

Apesar de indicadores positivos de recuperação, analistas seguem “neutros” com o nome.

O BTG Pactual (BPAC11) tem recomendação “neutra” para a Via, com preço-alvo também de R$ 4 para os próximos 12 meses.

Na avaliação do banco, uma potencial reprecificação de VIIA3 dependerá não só da monetização de créditos tributários, mas também de uma recuperação sustentável do tráfego nas lojas e da performance do e-commerce da companhia, principalmente de um grande progresso em novas categorias dentro do marketplace.

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