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Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) mudam estratégia para encarar inflação e juros em alta

01 fev 2022, 16:27 - atualizado em 01 fev 2022, 16:31
(Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) têm atuado para proteger ou restaurar a lucratividade em meio ao aumento da Selic, a taxa básica de juros, disse o Goldman Sachs em relatório enviado a clientes.

A postura marca uma mudança frente a uma busca por crescimento das operações que marcou os últimos anos das gigantes do varejo no país.

O banco diz que as empresas estão aumentando o take rate (taxa cobrada dos vendedores no marketplace) e reduzindo o frete grátis, em busca de proteção das margens – proporção do lucro sobre receita.

As mudanças são uma demanda própria do Magazine Luiza e da Via, mais expostas a queda de busca por bens duráveis, em contexto de economia deteriorada, diz trecho do relatório assinado por Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini.

O Goldman Sachs destaca que vê declínio das vendas pelo critério mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês), crescimento mais fraco nas vendas próprias e pressão sobre o custo de insumos.

O banco reduziu o preço-alvo para as ações do Magazine Luiza (MGLU3), de R$ 12 para R$ 10, mas manteve a recomendação de compra, porque dizer ver ganho de participação de mercado no varejo físico.

Para a Via (VIIA3) a recomendação é de venda, com preço-alvo de R$ 4,3, o que implica uma redução frente a estimativa anterior de R$ 4,7. O valor considera as provisões trabalhistas anunciadas pela empresa do terceiro trimestre.

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