Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3) vão desafogar em 2024? Veja o que esperar do varejo e o que comprar
Após mais um ano difícil para o varejo, o mercado pode esperar uma recuperação do setor em 2024. “Vai começar 2024 com outra cabeça”, diz o analista da Empiricus Research, Fernando Ferrer.
A queda da taxa básica de juros, combinada com uma inflação mais baixa e maior propensão ao consumo explicitam um movimento “claro” de melhora. “Se a gente começou 2023 com esse cenário mais desafiador a frente, 2024 a gente começa com um novo mood“, afirma o analista.
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Apesar da perspectiva positiva, nem tudo serão flores. A Selic foi reduzida para 11,75% após quase um ano a 13,75%, mas, apesar da queda, a política monetária segue contracionista.
“Fico mais animado, mas ainda não acho que será o grande ano do varejo. Ainda assim, podemos ter um desafogo por conta da Selic caindo”, diz.
As empresas do setor entram em 2024 ainda com despesas financeiras altas e problemas operacionais. No entanto, há uma perspectiva futura de melhora para as varejistas — tanto do lado operacional quanto financeiro.
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Para o analista da Empiricus, as varejistas de alta renda devem continuar se destacando em 2024 — uma vez que o ano ainda deve seguir desafiador para as empresas voltadas para o público de baixa renda.
Assim como em 2023, o e-commerce deve decepcionar. Ferrer recomenda ficar de fora de fora de Magazine Luiza (MGLU3), Casas Bahia (BHIA3) e Americanas (AMER3).
Em relação à MGLU3, o analista diz que “falta um trigger claro de curto prazo e o operacional não está brilhante”. “Os juros caíram, mas tem um caminho longo para os investidores se sentirem confortáveis e começarem a fazer suas apostas no varejo”, diz.
Já para BHIA3 e AMER3, a situação é “ainda é mais crítica”. “O operacional é bem pior”, ressalta.
Além disso, Ferrer lista Lojas Renner (LREN3), Guararapes (GUAR3) e C&A Brasil (CEAB3) como outras ações para evitar no ano.
Por outro lado, empresas líderes de mercado em segmentos de alta renda e mais seguros devem se sair bem. Dentre elas, o analista cita Grupo SBF (SBFG3), Arezzo (ARZZ3) e Assaí (ASAI3).