Magazine Luiza (MGLU3) é ‘atalho’ para lucrar com mudança de humor na economia; compre o papel, diz BB
O BB Investimentos atualizou a tese para o Magazine Luiza (MGLU3) e estabeleceu preço-alvo de R$ 5,60, antes em R$ 4,40, com recomendação de compra.
A revisão vem junto com melhora da inflação esperada para 2022, mas elevação da taxa de juros e taxa de desconto desde a última revisão de preço.
De acordo com a analista Georgia Jorge, as perspectivas são positivas, mesmo com os desafios.
“Apesar de ainda vislumbramos um cenário adverso para o consumo de bens duráveis em decorrência das elevadas taxas de juros e renda do consumidor ainda sob pressão, entendemos que os investidores antecipam o movimento de recuperação das vendas a ser observado de forma mais expressiva a partir de 2023, o que deve favorecer a valorização das ações das companhias ora em análise no decorrer deste semestre”, explica no relatório.
A analista lembra que a companhia teve evolução em pontos importantes no resultado do segundo trimestre, como:
- na exploração do seu marketplace, na adição de novas categorias;
- no desenvolvimento do SuperApp, na redução do tempo de entrega e;
- no amadurecimento do MaaS (Magalu as a Service, em que são ofertados serviços aos sellers do marketplace)
Além disso, Georgia argumenta que o crescimento do marketplace tem sido marcado pela adição de novos sellers e incremento de itens disponíveis para venda. Nos últimos 12 meses, houve a adição de 118 mil novos sellers na plataforma.
“Esse esforço tem refletindo na maior diversificação geográfica dos sellers. Ao final do 2T22, os sellers presentes nas regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste totalizaram 25% da base, ante 11% há 2 anos”, recorda.
Na frente logística, diz a analista, as fortalezas da companhia consistem em:
- regionalizar os sellers do marketplace e utilizar das suas lojas físicas e de cross docking para recebimento e
- expedição de produtos, além do recém lançamento de sua operação de fulfillment (armazenamento de produtos do marketplace nos seus centros de distribuição).
“Ao final do 2T22, 40% das entregas de produtos do marketplace foram realizadas em até 48h, ante 19% em 2T21)”, coloca.
Por fim, em relação aos serviços oferecidos aos sellers (MaaS), o Magazine Luiza destacou o forte crescimento da receita proveniente do MagaluAds, que dobrou na comparação anual, bem como o lançamento do cartão de crédito para os sellers com tecnologia da processadora de cartões adquirida em 2021 (Bit55).
O Magazine Luiza encerrou o segundo trimestre com prejuízo de R$ 135 milhões. Mesmo com o número negativo, a geração de caixa positivo de R$ 1 milhão agradou parte do mercado, que destaca que o pior ficou para trás.
Ademais, com a aprovação da PEC do Benefícios, uma percepção de menor pressão do preço das commodities e perspectivas de proximidade do fim do ciclo de aperto monetário no Brasil, essas ações reverteram a tendência de queda observada nos meses anteriores e acumularam altas superiores à do Ibovespa.
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