Destaques da Bolsa

Magazine Luiza (MGLU3) e Assaí (ASAI3): o que está por trás do salto de 10% nesta segunda (27)?

27 jan 2025, 16:29 - atualizado em 27 jan 2025, 19:01
ações
Ações cíclicas, como Magazine Luiza e Assaí, reagem na curva de juros e enfraquecimento do dólar (Imagem: MariuszBlach/Getty Images)

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) e Assaí (ASAI3) se destacaram no pregão desta segunda-feira (27), operando na ponta positiva do Ibovespa (IBOV).

MGLU3 encerrou a sessão na liderança do principal índice da bolsa brasileira com alta de 10,05%, a R$ 7,01. Na máxima do dia, os papéis da varejista saltaram 10,52%.



ASAI3 subiu 7,64%, a R$ 6,62. Durante a sessão, as ações da companhia avançaram 10,89%.



Rafael Passos, sócio-fundador da Ajax Asset, pondera que as altas ocorrem na esteira da reação de ações cíclicas com o alívio na curva de juros e enfraquecimento do dólar.

“Hoje o dia é mais positivo para ativos de risco por conta do fechamento dos DI’s em linha com o fechamento de taxa [Treasuries] que temos visto lá fora, muito também por conta do dólar mais fraco”, pondera o analista.

O dólar fechou em queda em relação ao real, com recuo de 0,03%, a R$ 5,9133.

Vale lembrar que o dólar vinha operando acima de R$ 6 na maioria das sessões desde que o governo anunciou, no fim de novembro de 2024, um projeto de reforma do Imposto de Renda junto com medidas de contenção de gastos, o que acabou ofuscando esta última medida.

Mas alguns analistas já vinham apontando que a reação dos agentes financeiros foi exagerada, o que abria espaço para uma recuperação do real no início deste ano diante da falta de notícias sobre a área fiscal, uma vez que o Congresso está em recesso.

Na semana passada, o dólar acumulou baixa de 2,42% ante o real o maior recuo para o período desde a semana encerrada em 9 de agosto de 2024, quando cedeu 3,43% em cinco dias úteis.

Assaí conta com o fator Carrefour

Sobre Assaí, Passos aponta que o papel está descontado e ainda conta com o fator Carrefour, que entrou nos holofotes do mercado em meio a notícias de que os herdeiros do empresário Abilio Diniz estariam decididos a se desfazer da participação que detêm em CRFB3, a nível mundial e no Brasil.

A família, por meio da empresa de investimentos Península, detém 9,23% da empresa global, cerca de US$ 800 milhões e 10,24% aqui no Brasil, cerca de R$ 1,4 bilhão.

A XP Investimentos comenta que, se confirmado, veem a notícia como negativa, tendo em vista a adição de uma pressão importante sobre CRFB3, enquanto consideram Abilio como um acionista chave da empresa, dada sua experiência na indústria.

*Com informações da Reuters

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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