Magazine Luiza (MGLU3): Veja quando começam as vendas em parceria com o AliExpress e as expectativas do CEO
O CEO do Magazine Luiza (MGLU3), Frederico Trajano, contou que inicia na segunda quinzena de agosto as vendas em parceria com o AliExpress. Neste primeiro momento, os produtos de estoque próprio (1P) da varejista serão disponibilizamos no site da gigante asiática.
Em setembro, é a vez da linha “choice” de produtos do AliExpress serem disponibilizados no Magalu. Trajano afirmou que a companhia chegará “muito forte” na Black Friday e nos próximos meses a parceria já deve surtir efeitos.
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Os produtos serão importados por meio do programa Remessa Conforme — o que, segundo o CEO, implica a cobrança de impostos. “Vai ser feito conforme todas as leis do Programa Remessa Conforme e também com as novas taxas que foram recentemente a aprovadas”, disse Trajano à época do anúncio, em junho.
No caso dos produtos do Magazine Luiza que serão vendidos na plataforma do AliExpress, serão oferecidos, inicialmente, itens das categorias de bens duráveis, com capilaridade logística e multicanalidade.
Em entrevista ao Money Times, Lucas Ozorio, gerente de relações com investidores (RI) da varejista, pontuou que a estratégia permitirá ao Magalu oferecer diversas categorias que não possuía antes, sendo uma adição ao seu atual portfólio.
“É uma das respostas que explica o futuro crescimento de vendas para o segundo semestre. O mercado está esperando esse crescimento, então o AliExpress responde uma parte com esses produtos de ticket menor, alta recorrência e frequência de compra”.
Na teleconferência de resultado desta sexta-feira (9), Frederico Trajano afirmou que o Magazine Luiza vê potencial para aumentar, de forma rentável, a sua participação em produtos de tickets menores, com a parceria do AliExpress.
Mas ele defendeu que a companhia siga focada em seu core business, com produtos de tickets maiores.
Balanço do 2T24 do Magazine Luiza
As ações do Magazine Luiza (MGLU3) começaram o pregão desta sexta-feira (09) despontando no lado positivo do Ibovespa (IBOV), após a companhia superar as estimativas do mercado e entregar lucro líquido de R$ 37,4 milhões no segundo trimestre de 2024 (2T24). A cifra representa uma reversão do prejuízo de R$ 198,8 milhões no mesmo período de 2023.
Apesar do número positivo no lucro líquido, o destaque, conforme a própria varejista, foram as melhoras nas margens, com a varejista atingindo no segundo trimestre o patamar esperado para 2025.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 62% na comparação anual, totalizando R$ 711 milhões, com margem de 7,9%, um aumento de 2,8 pontos percentuais (p.p.) em relação ao 2T23.
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Em teleconferência realizada nesta sexta-feira (09), o presidente-executivo da companhia, Frederico Trajano, afirmou que o crescimento na margem permitirá a retomada do crescimento a partir do segundo semestre.
“A expansão da margem do Magalu dá conforto para pensarmos em retorno ao crescimento a partir do segundo semestre”, disse. Ele destacou ainda que a empresa trabalha para que a margem de 7,9% atingida neste trimestre não abaixe.