Magazine Luiza (MGLU3) é a melhor opção em caso de falência da Americanas (AMER3); entenda briga no varejo
O escândalo contábil da Americanas (AMER3) fez com que suas ações deixassem o Ibovespa nesta sexta-feira (20), com cotação inferior ao do IRB (IRBR3). E com a briga no varejo, o Magazine Luiza (MGLU3) é apontado como a melhor escolha em caso de falência da rival.
Se a Americanas não conseguir se sair bem no processo de recuperação judicial, que envolve um montante de R$ 40 bilhões em dívidas, o Magazine Luiza será o principal beneficiário com a absorção da clientela deixada pela Americanas, segundo analistas do Citi.
Em relatório, o banco espera que a receita buta das vendas online (GMV, na sigla em inglês) do Magazine Luiza cresça 18%, considerando a ausência da Americanas no mercado.
Magazine Luiza e a briga no varejo
Outras companhias do varejo brasileiro, além de empresas estrangeiras que atuam no país, também terão algum crescimento.
O banco calcula que a Via (VIIA3) esteja na sequência na esteira de crescimento, podendo aumentar seu GMV em 15%. O Mercado Livre (MELI34) teria salto de 11% no indicador.
Considerando a participação de mercado de cada empresa no varejo, o Citi estima que em 2023 o mexicano Mercado Livre fique com 40,3%; Magazine Luiza com 19,4%; Via com 9%; e outras companhias com os 31,3% restantes.
Marketplace X Varejo físico
Os analistas João Pedro Soares e Felipe Reboredo, responsáveis pelo relatório do Citi, destacam que o Magazine Luiza receberia uma parcela de 14% das vendas online diretas da Americanas e 25% das vendas de marketplace.
Já a Via receberia 12% das vendas diretas e 24% das de marketplace. O Mercado Livre teria 11% das vendas de marketplace.
No entanto, o espólio da Americanas em caso de falência seria mais difícil de ser mensurado no varejo físico, de acordo com o banco, devido à fragmentação do varejo brasileiro, envolvendo empresas menores e de setores diversos.