Magazine Luiza (MGLU3) dispara 7% com dividendos no radar e impacto para varejistas estrangeiras

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) despontaram entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) logo na primeira meia hora de pregão desta terça-feira (25), com um pagamento de dividendos no radar.
De acordo com comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na terça (24), o conselho fiscal da varejista votou de forma favorável à proposta de distribuição de dividendos intermediários no montante líquido de R$ 225 milhões, correspondente a R$ 0,3054399751 por ação.
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O pagamento é proposto mediante a reversão de parte do saldo da reserva de incentivos fiscais constante das demonstrações financeiras da companhia referentes ao exercício social encerrado em dezembro de 2024. A proposta será submetida aos acionistas da companhia.
Às 11h18 (horário de Brasília), as ações subiam 2,84%, a R$ 10,50. Na máxima do dia, até este horário, MGLU3 chegou a disparar 7,64%, a R$ 10,99. Acompanhe o tempo real.
O analista Rafael Passos, da Ajax Capital Asset pondera que, além dos dividendos, a alta do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no radar afeta nomes internacionais —concorrentes do Magalu —, o que beneficia a companhia.
A partir de 1º de abril, as compras em e-commerces que enviam remessas internacionais devem ficar mais caras, uma vez que entrará em vigor uma nova alíquota de 20%, ante 17% anteriormente.
“Hoje temos ainda uma recuperação na margem e a ativos com beta alavancado melhoram. O humor está um pouco mais positivo, dividendos no radar e esse aumento do ICMS”, afirma Passos.
Os números do Magazine Luiza
No ano de 2024, em sua totalidade, a varejista teve lucro ajustado de R$ 276,7 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 550,1 milhões acumulado em 2023.
Já no período de outubro a dezembro, a varejista reportou lucro líquido ajustado de R$ 139 milhões. O número representa um avanço de 37% na comparação anual.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do quarto trimestre de 2024 atingiu R$ 846,2 milhões, um avanço de 11,9% na comparação anual. A margem Ebitda foi de 7,8%, um aumento de 0,6 ponto percentual em comparação ao mesmo período de 2023.
A receita líquida da companhia foi de R$ 10,7 bilhões no quarto trimestre de 2024, um avanço de 2,3% na comparação anual.
As vendas totais, que incluem vendas nas lojas físicas, e-commerce tradicional (1P) e marketplace (3P), foram de R$ 18,4 bilhões no último trimestre de 2024. Em 2024, as vendas totais atingiram R$ 65 bilhões, apresentando um crescimento de 4% comparado a 2023.
A geração de caixa operacional no quarto trimestre de 2024 chegou a R$ 2,1 bilhões, 36% maior que o registrado no ano anterior. Em 2024, essa geração de caixa atingiu R$ 3,1 bilhões.