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Magazine Luiza (MGLU3) despenca 23% após prejuízo ‘assustador’; chegou ao fundo do poço?

16 maio 2023, 17:00 - atualizado em 16 maio 2023, 17:18
Magazine Luiza
Ações do Magazine Luiza despencam após pior prejuízo desde seu IPO (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)MAGZ

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) despencaram 22,83%, a R$ 3,38, no pregão desta terça-feira (16). O movimento veio após a varejista reportar o pior prejuízo desde sua oferta pública de ações (IPO).

Trata-se de um resultado “assustador”, diz a Genial Investimentos.

Segundo analistas, o maior impacto negativo para o Magalu no primeiro trimestre do ano foi na piora do prejuízo líquido, que ficou em R$ 391,2 milhões. O diferencial entre a alíquota de ICMS em vendas interestaduais (DIFAL) e a taxa de juros elevada pressionaram os resultados, afirmam.

Já para Thiago Macruz e a equipe do Itaú BBA, o fim do benefício fiscal prejudicou a rentabilidade do Magazine Luiza, com margem bruta em queda de 50 pontos percentuais.

Além disso, o DIFAL afetou as deduções sobre receita bruta, que foi de 20,2%, destaca o analista da Ativa Investimentos, Pedro Serra.

Apesar do impacto negativo do diferencial de alíquota, a rentabilidade foi positivamente impactada pelo crescimento do lucro bruto de serviços — marketplace e financeira —, pontua a Iago Souza e o time da Genial. A companhia consolidou um lucro bruto de R$ 2,48 bilhões.

O BBA tem recomendação de market perform para MGLU3 — com desempenho em linha com a média do mercado — e preço justo em R$ 3,20.

Já a Ativa e a Genial têm indicação neutra para as ações do Magazine Luiza, com preços-alvo em R$ 4,20 e R$ 5,00, respectivamente.

Magazine Luiza chegou ao fundo do poço?

Os analistas do Itaú BBA afirmam que o mercado continuará aguardando uma recuperação “mais concreta” da rentabilidade do Magazine Luiza.

Apesar dos ganhos de participação de mercado no trimestre, o foco está no crescimento do varejista. O Magalu tem ficado consistentemente abaixo dos líderes do mercado em que atua, “apesar dos ventos favoráveis ​​do ambiente competitivo”, dizem.

Além disso, os analistas afirmam que o provável impacto do repasse da reintrodução da DIFAL no curto prazo deve demorar a surtir efeito.

Serra, da Ativa, ainda pontua que o setor enfrenta e seguirá enfrentando dificuldades enquanto a conjuntura macro não melhorar.

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