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Magazine Luiza (MGLU3): Citi rebaixa ação para venda e vê desvalorização à frente; ação derrete 13%

08 abr 2025, 16:07 - atualizado em 08 abr 2025, 17:50
magazine luiza magalu
Ações do Magazine Luiza derretem no pregão desta terça (8), com corte na recomendação do Citi no radar (Imagem: Divulgação)

O Citi rebaixou as ações do Magazine Luiza (MGLU3) para venda e cortou o preço-alvo de R$ 8 para R$ 7,70, o que implica em uma desvalorização de mais de 20% em relação ao fechamento de segunda-feira (7).

As ações da varejista encerraram o pregão desta terça-feira (8) com queda de 13,61%, a R$ 8,76, próximo da mínima intradia. Acompanhe o tempo real.



O cenário macroeconômico não anima os analistas do Citi, uma vez que deve ser impactado por taxas de juros elevadas pelo menos até o fim de 2025, podendo se estender para 2026.

Ainda que reconheçam a alta registrada pelo Magalu no acumulado de 2025, com uma valorização superior a 55%, ante alta de cerca de 4% do Ibovespa, refletindo menor risco/taxa de desconto e alguma potencial futura inflexão da macroeconomia brasileira, os analistas avaliam que antecipar um ciclo de demanda positivo parece excessivamente otimista.

Assim, o Citi classifica a companhia como alto risco, dada a alta volatilidade da ação e o potencial risco de short squeeze, movimento caracterizado pela rápida alta de uma ação, forçando os investidores que apostaram na queda do preço do ativo (chamada venda a descoberto) a recomprarem as ações para conter a perda.

Por que Magazine Luiza (MGLU3) é venda para o Citi?

As restrições de demanda e o impacto geral do atual patamar da taxa básica de juros (Selic) acendem o sinal de alerta do Citi, que reduziu ainda mais o GMV (volume bruto de mercadoria) total em 2/3% para 2025/2026.

A competição no setor de e-commerce não passa despercebida pelos analistas, com Mercado Livre crescendo no Brasil, enquanto nomes estrangeiros também ganham força.

O Citi reconhece que há movimentos positivos do Magazine Luiza para preservar seu balanço patrimonial, “no entanto, a avaliação (com preço sobre lucro de 28/13 vezes para 2025/26) parece estar precificando outros elementos, como crescimento, grande expansão de margens e maior desalavancagem”, ponderam.

Os analistas listam três fatores que poderiam mudar a tese para a varejita:

  • Melhora da macroeconomia brasileira, com queda da Selic levando a uma revisão para cima das estimativas de lucro;
  • O segmento de e-commerce retomar o crescimento/ganho de participação sem comprometer a lucratividade
  • Uma surpresa positiva na receita devido à menor concorrência.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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