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Magazine Luiza (MGLU3): Citi corta preço-alvo das ações, mas ainda vê potencial de valorização de 24%

23 out 2024, 11:13 - atualizado em 23 out 2024, 17:35
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Os analistas destacam que a continuidade dos juros elevados por mais tempo pressionam o desempenho de Magazine Luiza (Imagem: Germano Lüders/Wikimedia Commons)

As ações do Magazine Luiza (MGLU3), que vêm sendo pressionadas pela alta recente na curva de juros futuros, seguem em ritmo de queda nesta quarta-feira (23). 

MGLU3 fechou em baixa de 1,61%, a R$ 9,15. Acompanhe o Tempo Real. 



Além do cenário de juros elevados por mais tempo e avanço da inflação, os papéis da varejista repercutem a revisão de estimativas para a companhia pelo Citi. 

O banco cortou o preço-alvo para as ações de R$ 18 para R$ 11,50 — o que ainda representa um potencial de valorização de 23,7% sobre o preço de fechamento da última terça-feira (22), em R$ 9,30. 

A recomendação neutra/alto risco foi mantida. 

“Vemos a Magalu sendo negociada a 14 vezes o preço sobre o lucro para 2025, o que não está em um nível dos mais difíceis de se atingir, mas parece refletir razoavelmente seu perfil de menor crescimento”, escreveram os analistas João Pedro Soares e Felipe Reboredo, em relatório. 

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Crescimento menor em 2025 

Na avaliação do Citi, o trabalho da Magazine Luiza para melhorar as margens tem avançado “relativamente bem”, principalmente após a margem bruta sobre a margem Ebitda (GM/margem Ebitda) superar “consideravelmente” as estimativas do banco no segundo trimestre. 

Os analistas João Pedro Soares e Felipe Reboredo também destacaram que as lojas físicas da empresa “claramente se recuperaram”, enquanto a maior penetração de serviços tem sido um importante impulsionador para a margem bruta.

Contudo, os analistas veem um menor espaço para crescimento no médio prazo para as operações de mercadorias próprias (1P) e de marketplace (3P). 

“Vemos um crescimento de médio prazo mais limitado para 1P/3P (plataforma e-commerce) devido ao cenário macro desfavorável para o setor — taxas de juros/altos custos de financiamento e à concorrência com mercados internacionais”, afirmam os analistas. 

Além disso, as taxas de juros persistentemente elevadas aumentam as despesas financeiras do Magalu e pressionam a previsão do lucro para a companhia, na visão do Citi. 

O banco reduziu a estimativa de lucro líquido em 28% para 2025, para R$ 516 milhões e prevê uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 7,5% para o período de 2025 a 2028.

O Citi também cortou a previsão para abertura de lojas físicas de 35 anteriormente para zero no próximo ano. 

O que esperar de Magazine Luiza no 3T24? 

Para o terceiro trimestre, o Citi prevê um lucro líquido ajustado de R$ 46 milhões, com GMV (volume bruto de mercadorias) total de R$ 15,6 bilhões de reais e margem bruta de 30,9%. 

Para o lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado, o banco estima R$ 697 milhões, com a margem em 7,9%.

O Magazine Luiza divulgou o balanço do terceiro trimestre em 7 de novembro, depois do fechamento dos mercados.