Magazine Luiza (MGLU3): Ativa corta preço-alvo, mas ainda acha que ação pode dobrar de valor
A Ativa Investimentos cortou o preço-alvo do Magazine Luiza (MGLU3), de R$ 9,70 para R$ 8, e manteve a recomendação neutra em meio a expectativas de resultados ainda pressionados pela frente.
O novo preço-alvo ainda representa um potencial de valorização de mais de 100% em relação à cotação do último fechamento.
“Apesar do sólido histórico de execução da companhia, as dificuldades impostas pelo cenário macroeconômico atual atreladas ao acirramento da competição no setor têm exercido impactos negativos nos resultados da companhia”, afirmam Lívia Rodrigues e Gustavo Costa, analistas responsáveis pelo relatório divulgado nesta terça-feira (31).
A exposição da empresa a bens duráveis em um cenário de desaceleração econômica e com o poder de compra do consumidor brasileiro limitado vem prejudicando os resultados do segmento 1P e das lojas físicas do varejista, destaca a Ativa.
Sem perspectiva de melhoras substanciais na renda disponível no curto/médio prazo, os analistas acham melhor manter a postura cautelosa com a ação.
Além do ambiente macro desafiador, a Ativa lista como riscos a competição de players estrangeiros no Brasil, como Amazon e Shopee, e a desaceleração do e-commerce em 2022, depois de saltar em 2020 por conta da pandemia do coronavírus.
Nova fase estratégica
Apesar do rating neutro, a Ativa reconhece os esforços do Magazine Luiza de ampliar sua oferta de produtos de cauda longa no marketplace como parte de uma nova fase estratégica (digitalizar o varejo brasileiro).
“Nesse sentido, lançaram o Magalu as a Service, incluindo o desenvolvimento de tecnologia, estrutura logística, pagamentos e propaganda para os sellers“, destacam Rodrigues e Costa.
A companhia tem investido em melhorar a experiência do usuário dentro da plataforma e oferecer novas categorias e entrega mais rápida no serviço. Segundo a Ativa, o varejista está empenhado em criar um superapp, por isso realizou uma série de aquisições nos últimos anos, como VipCommerce, Zattini, Netshoes, Estante Virtual e KaBuM!.
“Tais plataformas integram um ecossistema de aplicativos (superapp) que abrange ainda o MagaluPay (conta digital para pessoa física) e o Cartão Luiza, agregando serviços financeiros e novas funcionalidades ao app, que responde por mais de 40% das vendas do e-commerce e possui maior taxa de conversão de vendas”, comenta a corretora.
“Esse grande ecossistema criado pela companhia deverá ser capaz de nos próximos anos expandir a base de clientes, além de rentabilizar cada vez mais esse consumidor dentro da plataforma”, finaliza.
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