Magazine Luiza (MGLU3) amargará prejuízo de R$ 54 mi no 4T21, prevê Itaú BBA
O Itaú BBA prevê um cenário mais complicado para os resultados do Magazine Luiza (MGLU3) no quarto trimestre de 2021. Pelos cálculos da corretora, a varejista reportará prejuízo de R$ 54 milhões. No mesmo período do ano passado, a empresa havia lucrado R$ 232 milhões.
Segundo os analistas, a economia fraca afetará o consumo de produtos da linha branca, como as geladeiras. O BBA prevê SSS (vendas nas mesmas lojas) negativo de 17,4% para as lojas físicas da companhia.
Por outro lado, a frente digital deverá ter crescimento, com o GMV (volume bruto de mercadorias) se expandindo 6,3%, para R$ 10,1 bilhões.
“Com receita líquida total de R$ 9,3 bilhões (-7,1% A/A), prevemos uma margem bruta pressionada de 24,2% para o 4T21 (-50 bps A/A) devido a maiores necessidades promocionais”, justifica.
Da mesma forma, o Itaú projeta Ebitda ajustado de R$ 259 milhões.
Bradesco também está pessimista
O Bradesco BBI também espera prejuízo para o Magazine Luiza, mas menor que o BBA: R$ 21 milhões.
Ainda segundo a corretora, o varejista terá queda de 36% no Ebitda, que mede o resultado operacional, para R$ 335 milhões.
Os analistas argumentam que a venda de produtos eletrônicos se arrastará, com o SSS novamente negativo em dois dígitos.
“Os negócios de lojas do Magalu continuarão puxando para baixo o crescimento e a lucratividade devido à sua alta exposição aos eletrônicos”, justifica.
As categorias de grande porte, como móveis e eletroeletrônicos, terão crescimento fraco, “embora não vejamos sinais de deterioração material em relação ao fraco terceiro trimestre”.
A última vez que o Magazine Luiza apresentou prejuízo foi no segundo trimestre de 2020, a R$ 148 milhões, por conta dos efeitos da pandemia.
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