Magazine Luiza (MGLU3) ainda apanha, mas estes setores terão ‘lucros gordos’ em 2024 (e um impulso em comum)
Bancos, construtoras, shoppings, proteínas e consumo são alguns setores que tendem a “performar mais forte” em 2024, conforme avalia Rafael Passos, analista da Ajax Asset.
Todos esses segmentos têm um impulsionador em comum: a queda nos juros. De acordo com Passos, os setores que tem uma correlação com essa queda tendem a performar melhor.
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Na perspectiva de Passos, grande parte dos setores mencionados antes têm dividas atreladas ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário). “Quando eu tenho essa taxa de juros caindo, consequentemente, eu vou ter uma rentabilidade melhor”, diz.
Isso porque, segundo a análise, o custo da dívida diminui e, consequentemente, engorda o espaço para lucro e ele acaba “sendo mais gordo”.
Por que Magazine Luiza ainda sofre?
Em consumo, porém, Passos, da Ajax, faz uma ressalva: a melhor performance deve vir do consumo “mais resiliente”. Como por exemplo, os supermercados e os cases que sejam posicionados em alta renda.
“Aqueles que são de baixa renda, os playes mais cíclicos, como Magazine Luiza (MGLU3), Via Varejo (VIIA3), Marisa (AMAR3), trabalham com nível de alavancagem bem altos e acho que eles ainda podem sofrer um pouco”, afirma.
E continua: “players que estão trabalhando com um índice de endividamento mais alto, podem ter alguma complicação. Mesmo com o macro melhorando e inflação caindo, você ainda tem um passivo financeiro a ser trabalhado”.
Se depender de Campos Neto, vem mais queda por aí
Com relação aos juros, vale relembrar que o Banco Central começou o ciclo de afrouxamento monetário em agosto de 2023.
No último encontro do ano passado, após cortarem a Selic em 0,50 ponto percentual (p.p.), os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) concordaram unanimemente com a expectativa de cortes na mesma magnitude nas próximas reuniões.
Ainda na semana passada, Roberto Campos Neto disse em entrevista ao GloboNews que neste último ano em que ele comanda o BC, lutará por o patamar de juros mais baixo possível.
“Tem muita coisa que eu gostaria de consolidar aqui, é importante entregar a inflação na meta, e juros o mais baixo possível”.