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Você não vai adivinhar a ação favorita de 10 analistas para 2020

20 dez 2019, 22:49 - atualizado em 21 dez 2019, 15:34
Presente Caixa
Surpresa! Ação mais indicada para 2020 mostra a confiança no consumo (Imagem: Unsplash/@kadh)

Já virou lugar comum afirmar que a bolsa brasileira tem todas as condições para bombar em 2020. As previsões para o Ibovespa, principal indicador da B3, giram ao redor de 140 mil pontos, o que indica uma alta potencial de mais de 20% sobre os 115.121 pontos com que o pregão fechou esta sexta-feira (20).

Alguns motivos se consolidaram como os pilares desse otimismo, como a retomada da economia, com estimativas de crescimento do PIB acima de 2%; a queda, ainda que a conta-gotas, do desemprego; um novo corte da Selic, baixando ainda mais os juros; a aceleração dos investimentos privados (incluindo estrangeiros) e a perspectiva de estabilidade fiscal.

Mais desafiador, contudo, é apontar as ações com maior potencial de ganhos nesse cenário. Este foi o exercício que já fizeram dez analistas de instituições financeiras, entre bancos, corretoras, gestoras e casas independentes de análise.

O Money Times consolidou as indicações e chegou às ações mais recomendadas pelo mercado para 2020. No total, 89 empresas foram mencionadas pelo menos uma vez, totalizando 181 citações.

A favorita (surpresa!!)

No topo das preferências, está a Lojas Renner (LREN3), com sete menções. A Elite Investimentos está entre os que indicaram o papel. Para os analistas Alexandre de Macedo Marques Filho e Fabiano Vaz, que assinam o relatório, destacam os “sólidos resultados financeiros e operacionais da varejista.”

Renner
A preferida do mercado: Lojas Renner se destaca pelos resultados (Imagem: Money Times)

Além disso, a Elite afirma que o desempenho operacional e sua participação de mercado contribuem para que a companhia se destaque da concorrência. “Aliado a isso, a Renner tem focado seus investimentos nos canais digitais e melhorias operacionais para enfrentar um mercado que vem se transformando diariamente”, acrescenta.

Quatro empresas empataram na vice-liderança, com seis indicações cada: B3 (B3SA3), Banco do Brasil (BBSA3), Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3).

A Guide Investimentos é uma das casas que recomenda a B3 para 2020, baseada em quatro pontos. O primeiro é a expectativa de que o volume negociado em todos os segmentos crescerá, devido ao próprio aumento do número de investimentos e à Selic ainda em níveis historicamente baixos.

O segundo motivo é a perspectiva de aumento do número de ofertas públicas iniciais de ações (IPOS, na sigla em inglês) e de follow-ons (emissões de empresas já listadas na bolsa).

A terceira razão é a liderança da B3 no mercado de derivativos e outros produtos. Por fim, a Guide acrescenta que a empresa trabalha para desenvolver novos produtos e serviços.

Volta por cima

Após um ano apanhando na bolsa, devido à tragédia de Brumadinho, os analistas estão reabilitando a Vale. A Ágora, corretora do Bradesco, é uma das instituições que indicam o papel para 2020.

Vale
Entre os grandes novamente: Vale recebe voto de confiança dos analistas (Imagem: Vale/Instagram)

Três argumentos sustentam sua indicação. O primeiro é que a tragédia já está totalmente dimensionada, do ponto de vista de indenizações e impacto financeiro. Com isso, a Ágora acredita que há um “desconto injustificado” nos múltiplos com que suas ações são negociadas, quando comparadas à rival Rio Tinto.

O terceiro motivo é a expectativa de que a Vale aumentará substancialmente a distribuição de dividendos no próximo ano. Desde o rompimento da barragem, a mineradora suspendeu o pagamento de proventos a acionistas.

A Ágora estima que, entre 2019 e 2020, o fluxo livre de caixa gerado pela empresa some US$ 19 bilhões. Com isso, a gestora acredita que US$ 8 bilhões possam ser pagos em dividendos pela empresa no ano que vem.

Veja, a seguir, todas as ações recomendadas pelos analistas para 2020. Participaram do levantamento, as seguintes instituições: Ágora Investimentos, Benndorf Research, BTG Pactual, Elite Investimentos, Genial, Guide, Itaú BBA, Mirae, Santander XP Investimentos.

Empresas Indicações
Ibovespa 140.250
Lojas Renner 7
B3 6
Banco do Brasil 6
Petrobras 6
Vale 6
Hapvida 5
JBS 5
Rumo 5
Bradesco 4
Cyrela 4
Gerdau 4
Magazine Luiza 4
Randon 4
Suzano 4
Via Varejo 4
BRF 3
CPFL 3
Iguatemi 3
Itaú Unibanco 3
Localiza 3
São Martinho 3
Trisul 3
AES Tietê 2
Ambev 2
BR Properties 2
CCR 2
Cogna 2
Cosan 2
Ecorodovias 2
Helbor 2
JSL 2
Klabin 2
Light 2
Minerva 2
Multiplan 2
Sabesp 2
Sinqia 2
Sul America 2
Totvs 2
Ultrapar 2
Usiminas 2
Weg 2
Aliansce 1
Azul 1
Banco Inter 1
Banco Pan 1
BGM 1
BR Malls 1
Bradespar 1
BTG Pactual 1
C&A 1
Cemig 1
Cesp 1
CVC 1
Direcional Engenharia 1
Duratex 1
Eletrobras 1
Energias do Brasil 1
Energisa 1
Engie 1
Even 1
Ez Tec 1
Hypera 1
Itaúsa 1
JHSF 1
Log Comercial 1
Lojas Marisa 1
Marfrig 1
Mills 1
Movida 1
MRV 1
Odontoprev 1
Oi 1
Pão de Açúcar 1
Qualicorp 1
RD 1
Romi 1
Sanepar 1
Santander 1
Santos Brasil 1
SER Educacional 1
Stone 1
Taesa 1
Tenda 1
Transmissão Paulista 1
Unidas 1
Vivara 1
Yduqs 1

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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