Magazine Luiza e Americanas: por que as ações não darão bola para os resultados do 3º trimestre
Os resultados do terceiro trimestre de empresas de varejo eletrônico, como Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3), não devem fazer preço para as ações, aponta a Ágora Investimentos. Até o momento, as companhias têm um péssimo ano na Bolsa, com os papéis derretendo mais de 40% em meio a um cenário de piora econômica.
“Dados vários ventos contrários – embora ventos contrários de curto prazo – não esperamos que os resultados do terceiro trimestre atuem como um direcionador para os nomes de comércio eletrônico em nosso universo de cobertura”, afirmam os analistas Richard Cathcart e Flávia Meireles.
Eles calculam que o terceiro trimestre tenha uma taxa média ponderada de crescimento do volume bruto de mercadoria (GMV) de 28% para as quatro principais plataformas de comércio eletrônico.
“A taxa de crescimento é robusta, apesar da base de comparação e das preocupações com a demanda mais fraca”, completam.
São os nomes menores que devem sofrer mais, dizem. Os analistas da Ágora projetam outro trimestre difícil para Mobly (MBLY3) (queda de GMV de 4% na comparação anual), antes de uma base de comparação mais fraca no quarto trimestre.
“Esperamos ver pressões nas margens como resultado da inflação nos custos de insumos, custos de marketing, investimentos para direcionar o tráfego e promoções”, completam.
Varejistas de shoppings devem se dar bem
Os shoppings continuam a sua retomada em V, como assinala o resultado da Multiplan (MULT3), por exemplo. Com isso, marcas com maior presença nesses centros comerciais devem se sair melhor.
“Embora o tráfego nos shoppings ainda esteja abaixo dos níveis pré-pandêmicos, havia poucas restrições ao horário de funcionamento das lojas, então esperamos ver o crescimento da receita no conceito mesmas lojas da Arezzo (ARZZ3), Renner (LREN3), C&A (CEAB3), Guararapes (GUAR3), com Burger King (BKBR3) e Marisa (AMAR3) sendo os retardatários”, aponta.
Outros nomes de destaque devem ser Arezzo, Centauro (SBFG3) e Lojas Renner (LREN3), todos com vendas (excluindo aquisições) de aproximadamente 20% ante o mesmo período de 2019.
“Entre esses três nomes, vemos o maior potencial para uma surpresa positiva em relação às expectativas do mercado como sendo o Grupo SBF”, projetam.
O Magazine Luiza divulgará seu resultado no dia 11 de novembro.